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Está lançada a corrida à presidência do Politécnico de Santarém
José Mira Potes não chegou a cumprir metade do mandato, que só devia terminar em 2022

Está lançada a corrida à presidência do Politécnico de Santarém

Votação está marcada para 18 de Maio. Período de apresentação de candidaturas vigora até 23 de Março.

Já está definido o calendário para eleição do novo presidente do Politécnico de Santarém, com o período de apresentação de candidaturas a vigorar de 9 a 23 de Março. O processo eleitoral foi desencadeado a 4 de Março pelo conselho geral do IPSantarém na sequência do pedido de demissão do presidente do instituto, José Mira Potes, apresentado a 27 de Fevereiro, devido à contestação interna de que foi alvo.
A reunião do conselho geral onde serão votadas as candidaturas está marcada para 18 de Maio e, caso haja necessidade de uma segunda volta, esta decorrerá a 21 de Maio. Refira-se que o presidente do IPSantarém é eleito pelo conselho geral, um órgão restrito com 21 elementos, que integra representantes dos professores (a maioria), dos estudantes e dos funcionários não docentes, bem como alguns membros convidados, externos à comunidade académica.
A contestação a José Mira Potes teve origem nos directores das escolas superiores e respectivos conselhos científicos e pedagógicos, motivada pelo plano de reestruturação orçamental e organizacional proposto pela equipa de Potes e mal recebido pelas escolas. Potes acabou por se antecipar à votação da sua destituição em reunião do conselho geral, renunciando ao cargo.

Escolas dizem que plano de ajustamento orçamental era irrealista
Os dirigentes das escolas subscreveram um documento conjunto onde manifestaram discordância em relação ao plano de ajustamento orçamental apresentado ao Governo e que previa uma redução de despesa anual de cerca de um milhão de euros. Nesse documento refere-se que durante o processo de desenvolvimento desse plano registou-se uma quebra de confiança institucional entre os directores das escolas e José Potes, tanto em relação à construção do plano como quanto à capacidade da presidência na sua implementação e desenvolvimento.
As escolas identificaram uma série de pontos fracos nesse plano, considerando que os valores propostos para as receitas não eram realistas, existiam valores sobre a cobrança de propinas e taxas que estavam errados e a arrecadação de verbas com cobrança coerciva de propinas afigurava-se de difícil execução.
Quanto à redução das despesas, os dirigentes das cinco escolas (Agrária, Desporto, Educação, Gestão e Saúde) questionaram o valor proposto para a redução de contratações de pessoal docente para este ano, dado que as contratações para o segundo semestre estavam, na maior parte, concluídas. E consideraram ainda que os valores propostos de corte na aquisição de bens e serviços, nas despesas de investimento e nas despesas com pessoal não eram possíveis de executar num ano económico.
O plano apresentado por José Potes previa também a distribuição de serviço docente para os professores que desempenham cargos de direcção nas escolas, sem que tenha havido anuência dos mesmos. O que caiu mal entre os visados. Os contestatários referiram ainda que sobre a reorganização dos Serviços Centrais do IPSantarém, promovida por José Potes, e cortes nessa estrutura, o plano não apontava medidas concretas.

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