Já há estudo sobre amianto nas escolas de VFX mas as obras continuam por fazer
Município recolheu informações sobre quais as secundárias que precisam de obras para remover coberturas de fibrocimento e já as enviou para o Ministério da Educação.
A Câmara de Vila Franca de Xira já realizou um levantamento de todas as estruturas contendo fibrocimento ou materiais com amianto (uma substância potencialmente cancerígena) que existem nas escolas secundárias do concelho e remeteu o documento para o Ministério da Educação.
A informação foi adiantada pelo presidente do município, Alberto Mesquita, na última reunião pública do executivo. “Já temos toda essa informação compilada, onde há estruturas de amianto, em que espaços e quanto custa removê-lo. Já enviámos esse documento para o Ministério da Educação, através da Direcção-Geral dos Estabelecimentos Escolares, e aguardamos por desenvolvimentos”, explicou o autarca.
Mesquita falava em resposta aos vereadores da CDU, que voltaram a manifestar preocupações sobre o assunto. O autarca mostrou também abertura para assinar contratos-programa com o Estado, que permitam à câmara realizar as obras e ser depois ressarcida desse investimento pelo Orçamento de Estado. “Acredito que com a nova descentralização de competências este processo possa ser mais rápido, no sentido de sensibilizar o ministério para resolver este problema”, explica.
Apesar de agora o município ter recebido as competências do Estado na área da educação, esse acordo deixa de fora todas as obras que essas escolas precisam, que não são poucas. A remoção das coberturas contendo amianto tem sido uma prioridade para o executivo de Alberto Mesquita que, neste mandato e em dois anos, removeu todos esses materiais das escolas do primeiro ciclo e jardins-de-infância, que eram a sua competência directa.
Já as escolas secundárias do concelho há pelo menos 30 anos que precisam de obras de fundo. O estudo realizado pelo município mostra que a recuperação total de todas as escolas da competência do ministério custariam cerca de 27 milhões de euros.
Na última Assembleia Municipal Jovem os alunos do concelho também puxaram as orelhas ao ministério de Tiago Brandão Rodrigues, não apenas por causa das coberturas com fibrocimento mas também por terem aulas em salas de aulas velhas e sem climatização, pátios a precisar de novos telheiros, equipamentos tecnológicos obsoletos, corredores onde cai água da chuva, casas de banho degradadas e páteos exteriores degradados e vandalizados.