Rodoviária do Tejo mexe nos horários das carreiras e autarcas de Santarém queixam-se
Algumas das supressões realizadas pela empresa tiveram como critério a ausência total de passageiros ou uma procura muito reduzida. Mas foram também criados novos horários.
A supressão de algumas carreiras da Rodoviária do Tejo no concelho de Santarém motivou críticas de alguns presidentes de junta e de outros eleitos durante a última sessão da assembleia municipal. As queixas e observações partiram dos autarcas das freguesias de Alcanhões, Almoster e Moçarria, bem como do eleito do Bloco de Esquerda Paulo Chora. O presidente da Câmara de Santarém, Ricardo Gonçalves (PSD), também lamentou a situação e revelou que já tinha pedido esclarecimentos à Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo (CIMLT), entidade que tutela essa área.
Em esclarecimentos enviados a O MIRANTE, o responsável pela Direcção Operacional de Santarém da Rodoviária do Tejo, Marco Henriques, informou que houve algumas supressões de carreiras e também a criação de novos horários em resultado de “algumas medidas de racionalização na mobilidade da rede”. Algumas das supressões realizadas tiveram como critério a ausência total de passageiros ou uma procura muito reduzida, adianta. O objectivo foi “resolver disfuncionalidades que existiam face aos horários escolares no período da manhã nos concelhos de Almeirim, Azambuja e Santarém”.
As alterações foram promovidas a partir de 10 de Fevereiro e tiveram em conta a procura registada nos últimos dois anos na rede pública de transporte da Lezíria do Tejo. “Procedemos à devida optimização de meios em alguns dos serviços que justificam actualmente desdobramentos e à criação de novas circulações de modo a fazer face a novos movimentos de procura evidenciados”.
Marco Henriques refere que as alterações foram comunicadas à CIMLT e, após a devida análise, a Direcção Operacional de Santarém da Rodoviária do Tejo comunicou as alterações a todos os municípios envolvidos, disponibilizando também informação em todos os seus pontos de venda. “Recebemos vários pedidos de informação e algumas reclamações, que foram no imediato esclarecidas. Houve também algumas manifestações de agrado na melhoria de alguns horários, nomeadamente em carreiras escolares”, diz o responsável a O MIRANTE.
Acrescenta que “a mobilidade oferecida pela rede, será sempre determinada pelos movimento de procura que sejam evidenciados na região”. E garante que “numa análise conjunta com os municípios da região e com a Autoridade de Transporte estaremos sempre disponíveis para eventuais revisões de oferta, equacionando os diferentes modos de mobilidade que se revelem eficazes e sustentáveis na sua operação”.