O primeiro programa de medidas de apoio às empresas de Portugal foi idêntico ao de países como Itália, França, Espanha, Alemanha e Polónia, incidindo no crédito às empresas; na flexibilização das obrigações fiscais e contributivas e na área laboral. A constatação desta realidade foi feita pela Associação Industrial Portuguesa (AIP), após uma análise comparativa daquelas medidas, nos países indicados, nas duas primeiras semanas da crise de saúde pública. Para a AIP a amplitude das medidas está ligada aos recursos financeiros de cada país, sendo visível, nos países do Leste europeu, uma estratégia mais assente nas ajudas directas às empresas do que no crédito.
Quanto às medidas concebidas pelo Governo português, aquela organização considera que se integram razoavelmente no conjunto geral dos programas dos outros países. Considera, no entanto, que nada do que foi e vier a ser decidido a nível nacional terá impacto significativo se não existir uma resposta comum da União Europeia e das suas instituições.
“O BCE na concessão de liquidez, e o BEI no crédito, poderão construir uma solução mais viável do que a criação de instrumentos que exigirão consenso, legislação, estrutura e um tempo que não se compadece com a gravidade da crise”, pode ler-se num comunicado emitido a 27 de Março.