uma parceria com o Jornal Expresso

Edição Diária >

Edição Semanal >

Assine O Mirante e receba o jornal em casa
31 anos do jornal o Mirante
Corpo de emigrante de Torres Novas continua retido em Angola
Manuel Sousa

Corpo de emigrante de Torres Novas continua retido em Angola

Família já conseguiu angariar cerca de cinco mil euros para trasladar o corpo de Manuel Sousa para Portugal, mas falta conseguir um voo.


A família de Manuel Sousa, de Torres Novas, está indignada com o facto de o corpo do emigrante continuar retido em Angola. Depois da filha do falecido, Ana de Sousa Miguéns, ter feito um apelo nas redes sociais e conseguir cerca de cinco mil euros para trasladar o corpo para Portugal, a família vive agora o drama de não conseguir um voo para trazer o corpo.
A O MIRANTE, Ana de Sousa Miguéns diz que, devido à situação causada pela pandemia da Covid-19, na semana passada decidiu começar a tratar da burocracia para que o corpo fosse transportado para o nosso país, mas até agora os voos têm sido todos cancelados.
“Esta situação do meu pai infelizmente caiu no esquecimento. Por mais partilhas que faça e por mais ajuda que peça, as pessoas neste momento só estão focadas neste vírus, o que compreendo, mas era importante ele vir”, admitiu a familiar do emigrante.
Segundo a filha de Manuel Sousa, a maior necessidade agora é angariar mais dois mil euros, já que por cada dia na morgue, o valor a pagar vai aumentando. “Nada ajuda. Esta situação não tem sido nada fácil especialmente devido à situação que vivemos”, adiantou a familiar ao nosso jornal.
O corpo de Manuel Sousa, de Torres Novas, está desde que morreu, a 26 de Fevereiro, retido em Lubango, Angola, onde o emigrante estava a trabalhar há quase três anos. Manuel Sousa, 68 anos, viúvo, era natural de Torres Novas e trabalhava no sector das pedreiras. Trabalhou durante vários anos como sócio-gerente de uma empresa do ramo em Minde, concelho de Alcanena. Em 2017 emigrou para Angola à procura de melhores condições de vida.
Manuel morreu quando estava internado no Hospital Central do Lubango após ter sofrido um AVC e um ataque cardíaco. O emigrante tinha entrado na unidade hospitalar uma semana antes com sintomas de pneumonia. Residia sozinho em Lubango e estava a tentar juntar dinheiro para regressar a Portugal. Na sua terra natal era conhecido como uma pessoa sociável e trabalhadora. Deixa dois filhos maiores e quatro netos.

Corpo de emigrante de Torres Novas continua retido em Angola

Mais Notícias

    A carregar...

    Capas

    Assine O MIRANTE e receba o Jornal em casa
    Clique para fazer o pedido