Dores de cabeça e no corpo, muita tosse e febre são os sintomas que o padre António Pereira começou a sentir no dia 16 de Março, data em que regressou de uma viagem de dez dias a Israel, com escala em Madrid. Pouco tempo depois viria a saber que tinha sido atingido pelo novo coronavírus.
O pároco, de 75 anos, contou a O MIRANTE que sentiu-se sempre bem durante a viagem. Só depois de terem estado em Madrid é que os sintomas apareceram. “A TAP suspendeu os voos e viemos por outra companhia aérea que aterrou em Madrid. Tivemos que sair do avião e apanhar um autocarro que nos trouxe até Fátima. Quando cá cheguei é que comecei a sentir os sintomas”, recorda.
António Pereira fez o teste à Covid-19 que acusou positivo, tendo ficado em isolamento no Seminário dos Monfortinos, em Fátima. As 18 pessoas com quem viajou não revelaram sintomas mas estiveram de quarentena em casa por precaução. António Pereira confessou a O MIRANTE que começou a sentir-se melhor na quinta-feira, 26 de Março, dia em que conversámos com ele. “Tenho-me sentido muito cansado e a tosse é muito forte. O que sinto que me safa é que não tenho dificuldade em respirar. Sinto que o pico da doença em mim já passou. Acho que no meu caso, o pior já passou”, adianta.
O pároco, que é padre nas paróquias de Abrã, Amiais de Baixo, Bugalhos, Moitas Venda, Monsanto, Vila Moreira e Alcanena (Diocese de Santarém) e também no Seminário dos Monfortinos, em Fátima, aconselha as pessoas a resguardarem-se e a ficarem em casa o máximo de tempo possível para evitarem o contacto com o vírus.
António Pereira é uma figura reconhecida da região pela seu trabalho como dirigente no Centro Desportivo de Fátima e enquanto presidente do Centro de Reabilitação e Integração de Fátima (CRIF). Em 2019 completou meio século de sacerdócio e a comunidade fez-lhe uma festa de homenagem. Em 2008 O MIRANTE atribuiu-lhe o prémio Personalidade do Ano na área do Associativismo.