A Câmara de Tomar aprovou o projecto de execução para reconverter cinco antigas escolas primárias do concelho em habitação social, habitação a custos controlados ou para alienação e venda em hasta pública. A presidente do município, Anabela Freitas, esclarece que estes cinco edifícios – no Castelo do Bode, Montes, Peralva, Póvoa e Cerejeira - pertencem a um conjunto de 50 antigas escolas que a autarquia vai colocar ao serviço da comunidade, seja para habitação ou outros fins.
Em reunião de câmara foi aprovado o projecto de execução que contempla a reconversão e ampliação desses edifícios para uso habitacional, com um orçamento global previsto de 1.041.543 euros. Anabela Freitas sublinha que as habitações serão para qualquer etnia, respondendo às questões da oposição que mostraram dúvidas se este projecto seria apenas destinado a pessoas de etnia cigana. “Quando falamos em habitação social não podemos fazer discriminação por etnia”, reforçou a autarca, acrescentando que os projectos vão ser lançados conforme a disponibilidade financeira do município.
O projecto tem seis anos, desde que o executivo liderado por Anabela Freitas tomou posse na Câmara de Tomar. “A ideia inicial era converter estas escolas para habitação destinada a famílias de etnia cigana mas actualmente vai ter outra abrangência”, explicou em sessão camarária.
O vice-presidente da autarquia, Hugo Cristóvão, referiu que da meia centena de edifícios surgiu o que diz ser um plano para perceber a utilidade de cada um. “A larga maioria dos edifícios foi cedida às juntas de freguesia, a Instituições Particulares de Solidariedade Social e até aos Quinta do Bill, enquanto embaixadores de Tomar. Outros foram colocados à venda em hasta pública por se entender não existir utilidade para eles”, reforçou.
Hugo Cristóvão adiantou ainda que estas cinco antigas escolas primárias já tinham sido anunciadas para fins de habitação social ou habitação a custos controlados. “Duas das propostas, a da EB1 da Póvoa e EB1 dos Montes, foram feitas pelas respectivas juntas de freguesia”, realçou.
A oposição alertou para o facto do metro quadrado destas habitações ficar mais caro que as casas de habitação em Tomar, considerando os elevados valores apresentados.