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Trabalhadores da OGMA alertam para falta de protecção
Plataforma de trabalhadores da OGMA avisa que os trabalhadores estão em risco

Trabalhadores da OGMA alertam para falta de protecção

Plataforma de funcionários diz que não estão a ser respeitadas as recomendações da Direcção-Geral de Saúde naquela que é a maior empregadora de Alverca.

Numa altura em que Alverca já tem vários casos confirmados de infecção por Covid-19, uma plataforma de trabalhadores da OGMA – Indústria Aeronáutica de Portugal, alertou na última semana para o incumprimento das recomendações da Direcção-Geral de Saúde (DGS) dentro da empresa. Dizem que não estão a ser cumpridas as recomendações de afastamento social, protecção individual e de higienização dos espaços e equipamentos. Contactada por O MIRANTE, a empresa não deu qualquer resposta sobre o assunto até ao fecho desta edição.
A OGMA é o maior empregador da cidade e um dos maiores do concelho, com quase dois mil trabalhadores. Com excepção dos sectores de engenharia, administração e direcção, que estão em regime de teletrabalho, os restantes sectores continuam a laborar e os trabalhadores estão preocupados e sentem-se entregues à sua sorte.
“Aqui não está assegurada a protecção dos trabalhadores porque máscaras são a conta-gotas ou nenhumas. Não conseguimos trabalhar com a distância mínima de segurança, o refeitório continua cheio de gente e a limpeza não difere muito do que normalmente se praticava”, alerta a plataforma de trabalhadores.
O trabalho nas maiores secções, como a fabricação de aeroestruturas, envolve o labor em conjunto e o uso de dezenas de ferramentas num só turno por cada trabalhador sem qualquer desinfecção, alertam os profissionais da plataforma Juntos Voamos Mais Alto.
Alertam para o facto da maioria dos hangares ser baixo e sem qualquer tipo de ventilação, havendo sectores de produção, como a da aeronave Pilatos PC-12, que obriga ao trabalho de seis a 10 pessoas lado a lado dentro da aeronave. “A OGMA tem anunciado um conjunto de medidas mas continua a não haver máscaras, algumas pessoas trazem-nas de casa, e luvas não há em quantidade suficiente, tão pouco álcool ou outro desinfectante que permita lavar as superfícies e as mãos”, criticam.
A OGMA é detida em 35 por cento pelo Estado português e no restante pela brasileira Embraer. Os trabalhadores defendem que a grande maioria do trabalho da empresa não é essencial à população, excepto para a Força Aérea Portuguesa, e que por isso os trabalhadores andam a expor-se a riscos desnecessários para realizar a manutenção de aviões de uso particular e privado.
Apelam para que o Governo tome medidas urgentes para forçar melhorias na protecção dos trabalhadores da OGMA e pedem uma suspensão temporária da maioria da produção, com salários pagos a 100 por cento até um tecto máximo de 1.905 euros, por exemplo, através do regime de lay-off simplificado anunciado pelo Governo.

Trabalhadores da OGMA alertam para falta de protecção

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