A população de Aveiras de Cima, concelho de Azambuja, está consternada com a morte de João Mendes. O jovem de 18 anos seguia na bagageira do carro de um amigo que colidiu com outro veículo numa ultrapassagem. O acidente ocorreu no dia 6 de Maio, na Rua da Boavista, em Casais Vale Cepo, freguesia de Aveiras de Cima, perto da casa onde vivia com a namorada.
O jovem ia nessa altura, por volta das 18h17, para casa e tinha apanhado boleia com um amigo que transportava outro colega no banco da frente da viatura comercial. Testemunhas referem que a colisão aconteceu após o veículo onde seguiam ter começado a ultrapassar outro automóvel que entretanto mudou de direcção para entrar numa rua.
Os meios de socorro ainda realizaram manobras de reanimação, mas sem sucesso. O óbito foi confirmado ainda no local. Os dois amigos, que seguiam no carro com João, e os dois ocupantes da outra viatura envolvida na colisão sofreram apenas pequenas escoriações.
João Mendes estudou na Escola Secundária de Azambuja e residia actualmente com a namorada em Vale do Brejo, freguesia de Aveiras de Cima. O presidente da Junta de Freguesia de Aveiras de Cima, António Torrão, diz que é uma grande perda para todos sobretudo por ser um jovem com todo o futuro pela frente. Nas redes sociais a polémica gerou-se pelo facto de o jovem seguir ilegalmente na bagageira do carro comercial. Enquanto uns deixam mensagens a apontar o dedo ao condutor e pedem que se responsabilize pelo acidente, outros pedem compreensão.
A mãe do jovem, Gabriela Simão, é conhecida na comunidade como funcionária no município da Azambuja e também escritora, tendo lançado, em Março de 2017, o livro “Insania – Insulto à Moral”. Nas redes sociais a mãe escreveu que João continua presente e que é um ser de luz. “Não me vou despedir (talvez nunca venha a conseguir fazê-lo). Sou grata a todos vós pelas manifestações de carinho, apoio e solidariedade”, referiu. As cerimónias fúnebres realizaram-se na segunda-feira, 11 de Maio.
A O MIRANTE, o presidente da Junta de Freguesia de Aveiras de Cima salienta que parte da estrada tinha sido intervencionada há pouco tempo e o facto de ser composta por várias rectas não a torna perigosa. Nos acidentes o problema, no seu entender, “é a falta de civismo dos condutores” e o excesso de velocidade.