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“Não vai ficar tudo bem e as medidas de apoio já anunciadas são curtas “
foto DR Manuel Paulo e Paulo Rodrigues são sócios-gerentes da Macrofal, situada na Zona Industrial de Santarém

“Não vai ficar tudo bem e as medidas de apoio já anunciadas são curtas “

Sócios-gerentes da Macrofal, Manuel Paulo e Paulo Rodrigues, falam da actual situação

A Macrofal, empresa na área de comércio de gessos e materiais de construção com armazéns na Zona Industrial de Santarém e Évora, tem uma pessoa em teletrabalho e já teve outras, mas a sua actividade exige presença física dos trabalhadores no terreno e junto dos clientes.

A Macrofal colocou alguém em teletrabalho? Foi a primeira vez que isso aconteceu?
Desde 16 de Março que a Macrofal implementou um conjunto de medidas para conter a propagação da Covid-19 e uma dessas medidas foi colocar uma colaboradora em teletrabalho. A empresa já tinha posto em prática essa forma de trabalho, umas duas vezes, nomeadamente em casos de baixa por assistência à família. Neste contexto nem hesitámos. Felizmente a internet por fibra óptica chega hoje à maioria das nossas casas e por isso só precisámos de criar uma ligação ao nosso servidor.
O controlo e avaliação de desempenho dos trabalhadores nessa situação são apontados como impedimentos ao alargamento dessa possibilidade. A Macrofal também sentiu essas dificuldades?
Não. A dificuldade de controlo e avaliação de desempenho não se colocam para colaboradores com funções específicas, a quem atribuímos tarefas claras, que não sendo cumpridas afectam directa e imediatamente a restante actividade da empresa. Por essa razão tem de existir sincronia e interacção. Do ponto de vista da Macrofal, e no contexto da sua actividade, o único impedimento para haver mais colaboradores em teletrabalho é que isso obrigaria a reforçar, imediatamente, o quadro de pessoal. Temos necessidade de atendimento presencial e apoio a clientes, às vezes até mesmo fora da empresa. Nessas ocasiões se não tivessemos a presença física dos colaboradores isso não seria possível.
Que feedback têm recebido da vossa trabalhadora em tele-trabalho?
O feedback não poderia ser melhor. À excepção do atendimento presencial, é possível realizar todas as outras tarefas. O horário é o mesmo, mas sem deslocações, e as medidas de auto-protecção ficam simplificadas. Outro aspecto positivo é a protecção e assistência à filha pequena. Depois, como está permanentemente ocupada, a confinação não lhe tem sido difícil de suportar, além de que as reuniões de trabalho e a interacção em geral fazem-se agora através de videochamada, o que de alguma forma também quebra o isolamento.
Qual a avaliação que a Macrofal faz das medidas já tomadas para apoiar as empresas?
No contexto desta pandemia que nos assola, já com grandes distúrbios sociais, e a causar uma verdadeira ruína económica, importa referir que “não vai ficar tudo bem” e por isso é importante ter consciência que as medidas de ajuda que têm sido divulgadas são muito curtas para o tamanho das necessidades que aí vêm.

“Não vai ficar tudo bem e as medidas de apoio já anunciadas são curtas “

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