O presidente da Junta de Freguesia de Vila Chã de Ourique, no concelho do Cartaxo, Vasco Casimiro, foi o criador e é um dos administradores, no Facebook, do grupo de voluntariado “Vizinhos Lá da Rua” que é um dos grupos de voluntários mais activos no apoio à população.
Através dele tem feito chegar informação a todas as caixas de correio das cerca de mil e quinhentas habitações, com sensibilização e conselhos sobre a Covid-19 e com informação de contactos úteis e contactos de entregas ao domicílio, como mercearias, pão, carne, peixe, restauração em take-away, farmácia, ração animal, etc. E também uma mensagem de esperança e apelo à solidariedade em tempo de Páscoa.
O voluntariado está também activo na desinfecção de espaços públicos, como explica o autarca. “A junta de freguesia foi uma das primeiras a começar a desinfecção publica tendo até o seu próprio Plano de Higienizarão. Começámos nos espaços públicos, mobiliário urbano, comércio, multibanco, mercado, contentores e ecopontos, etc, e já fizemos duas intervenções gerais. Nos lugares mais longínquos como Santana, Bairro São Vicente de Paulo e casas e quintas dispersas isso foi feito pelo grupo “O Tractor do Vizinho”, constituído por agricultores que se juntam com os seus tractores e apoiam a sua freguesia e a sua população”.
A Junta de Freguesia de Vila Chã de Ourique também está a apoiar um grupo de treze trabalhadores indianos, que se encontra no Centro de Apoio à Quarentena, que foi instalado no pavilhão e recinto de festas.
Vasco Casimiro diz que o executivo da junta de freguesia tem o seu trabalho facilitado porque a população é solidária e muito bairrista. E dá um exemplo. “Nos movimentos dos tractores e das bicicletas (para distribuição das mensagens porta a porta), alguns até ficam chateados se não são convidados. É um povo que me faz sentir muito orgulho. Temos recebido mensagens de incentivo e de gratidão pelo nosso trabalho. Aqui, depois das eleições, deixou de haver opositores para haver uma equipa de ouriquenses que luta pelo bem estar dos ouriquenses. Não somos melhores nem piores, somos diferentes.”, sublinha.