São perto de duas dezenas os carros que estão estacionados quase permanentemente na Rua Alves Redol, no Forte da Casa, junto ao mercado municipal. Os carros estão para venda, situação que alguns moradores têm contestado e para a qual pedem solução urgente à junta de freguesia. Alguns moradores da zona, escutados por O MIRANTE, dizem que os automóveis são de um stand improvisado de rua, embora não tenham qualquer indicação como tal. No entanto, alguns já foram vistos à venda em sites de classificados e outros não têm seguro nem inspecção em dia.
Quem precisa de ir ao mercado, sobretudo em dias mais concorridos, fica sem lugar onde estacionar o carro. A situação também afecta pessoas doentes como é o caso da mulher de Alberto Dias Couço, que faz hemodiálise. Quando Alberto regressa com a mulher do tratamento é habitual não ter lugar para estacionar e tem de deixar o carro noutras ruas.
A situação foi abordada na última assembleia da União de Freguesias da Póvoa de Santa Iria e Forte da Casa, pela voz de António José Inácio, do Movimento Independente Póvoa+Forte. “São pelo menos 21 os carros que ali estão estacionados. Às quartas e sábados dificulta muito o estacionamento daquela zona. São carros de stands. Há quem tenha de estacionar em cima dos passeios, prejudicando as pessoas, porque não tem alternativa”, lamentou.
Jorge Ribeiro, presidente da união de freguesias, diz que a situação já foi identificada pelos serviços e que a PSP está a tomar conta do caso. “Não conseguimos provar que são carros de um stand ou que estão à venda. Já partilhámos a situação com a PSP para tentar determinar a propriedade dos veículos. Alguns não têm seguro nem inspecção e por isso não podem ficar na via pública”, refere.

Sem-abrigo numa carrinha estacionada há cinco anos
António José Inácio voltou a lamentar as condições de vida em que vive um sem-abrigo numa carrinha estacionada há cinco anos na Praceta Jaime Cortesão, na Póvoa de Santa Iria. O autarca considera a situação “extremamente grave” exigindo uma solução urgente. Inácio referiu ter relatos de moradores a dar conta de que o homem faz as necessidades ao lado da carrinha. O caso é há muito acompanhado pelos serviços sociais do município que não têm conseguido encaminhar o sem-abrigo para alojamento social. O presidente da junta realçou que gostava de resolver o problema, mas ressalva que não pode obrigar os sem-abrigo a saírem das ruas. O MIRANTE já deu nota deste caso por diversas vezes e o homem tem recusado a ajuda da Câmara de Vila Franca de Xira.