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Representante das misericórdias do distrito de Santarém lamenta falta de apoios
Manuel Maia Frazão lamenta falta de articulação com a Protecção Civil na elaboração de planos de contingência

Representante das misericórdias do distrito de Santarém lamenta falta de apoios

Manuel Maia Frazão fala num acréscimo de 40 a 50 mil euros nas despesas para aquisição de material de desinfecção e protecção, só na Santa Casa da Misericórdia de Pernes, da qual é provedor.

O presidente do secretariado regional de Santarém da União das Misericórdias lamenta a falta de apoio às instituições e prevê um agravamento da sua situação financeira. Manuel Maia Frazão diz que no caso da Santa Casa da Misericórdia de Pernes, concelho de Santarém, da qual é provedor, houve em Março um acréscimo de 40 a 50 mil euros nas despesas só para aquisição de material de desinfecção e protecção.
Além de equipamentos de protecção dos funcionários estão também em causa as medidas para assegurar o afastamento entre utentes e a criação de uma unidade de retaguarda, no caso de existir contaminação com a Covid-19. As doze camas para esta unidade foram disponibilizadas pelo Hospital de Santarém, mas a instituição teve de as pintar e dotar de colchões e roupa de cama, bem como assegurar pessoal se for necessário deslocar utentes.
Manuel Maia Frazão lamenta que não tenha chegado às 23 misericórdias do distrito de Santarém “um único Equipamento de Protecção Individual”, disponibilizado pela Segurança Social. No conjunto estas instituições cuidam de oito mil utentes e empregam cerca de quarto mil funcionários. Além de alguns equipamentos e produtos oferecidos por beneméritos, diz que têm sido as instituições a adquirir a maior parte destes bens.
Para o provedor, fazia todo o sentido que o Governo “reduzisse substancialmente o IVA” destes produtos, que estão a ser vendidos a preços inflacionados. Medida que, no seu entender, se deveria estender a todas as compras realizadas pelas instituições, que estão obrigadas a procedimentos que não praticavam e para os quais não contam com qualquer apoio. É o caso dos equipamentos de protecção e o aumento substancial de lavagem diária de roupa.
“Já estávamos com o cinto muito apertado com o aumento do salário mínimo. O aumento de 3,5% anunciado pelo Governo não cobre sequer essa despesa quanto mais o resto”, realça. Manuel Maia Frazão pediu que o reconhecimento, merecido, aos profissionais de saúde, se estenda “ao conjunto de cuidadores de gerontologia e deficiência”, lamentando que lhes seja dado “pouco valor”.
Para Manuel Maia Frazão, não havendo generalização dos testes para todas as instituições, “seria indispensável” que, pelo menos, fossem realizados aos funcionários, sobretudo quando haja casos de infecção na comunidade onde residem, e aos utentes que tenham alta hospitalar ou que tenham que se deslocar às urgências. O provedor lamenta ainda a ausência de articulação e apoio da Protecção Civil na elaboração dos planos de contingência.

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