A Câmara de Vila Franca de Xira está insatisfeita com a demora na reparação dos elevadores da passagem superior pedonal da estação de comboios da cidade, que já se arrasta desde Outubro do ano passado, e exigiu à empresa pública Infraestruturas de Portugal (IP) urgência na sua reparação.
Segundo a Infraestruturas de Portugal, os dois elevadores foram substituídos recentemente mas a 23 de Abril verificou-se nova anomalia no cabo de potência de alimentação de um dos elevadores, que obrigou a nova reparação. A IP explica que a resolução do problema está pendente da chegada dos materiais necessários para acabar os trabalhos, que actualmente devido à pandemia de coronavírus têm prazos de fornecimento mais alargados. O município está farto de atrasos e promete continuar a acompanhar de perto a situação.
Há sete meses que aquele equipamento está sem os elevadores a funcionar. Estavam totalmente vandalizados e num estado deplorável de conservação. A IP anunciou obras de substituição daqueles equipamentos a rondar os 49 mil euros. Os trabalhos deveriam durar até Dezembro. A IP justificou inicialmente a demora com a entrada na quadra festiva e o atraso na chegada de peças do estrangeiro. Entretanto chegou o mês de Maio e a passagem superior pedonal continua sem os elevadores a funcionar, obrigando pessoas com mobilidade reduzida, idosos e pessoas com carrinhos de bebé a terem de subir vários lances de escadas.
As queixas têm-se acumulado na câmara municipal e, a 5 de Maio, o município voltou a questionar a IP sobre a razão para tanto atraso. “Fazendo eco das queixas que diversos munícipes nos fizeram chegar, e porque se trata de um equipamento essencial para todos os cidadãos que recorrem ao transporte ferroviário, questionámos a IP sobre as causas deste elevador estar uma vez mais encerrado ao público e solicitando urgência na sua reparação”, refere António Oliveira, vice-presidente do executivo.
Quando anunciou a substituição dos elevadores a IP justificava a obra com a antiguidade dos equipamentos que ali existiam e a sua utilização intensiva. A empreitada envolvia a substituição dos elevadores por equipamentos mais modernos, bem como a instalação de um Sistema de Monitorização e Supervisão Técnica (SMST), que permitirá acompanhar e obter remotamente informação sobre o estado de funcionamento dos equipamentos, permitindo “a resolução das falhas de funcionamento de uma forma mais célere”.