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Apoio do Governo para combater praga de jacintos no Sorraia é curto 
Um manto verde cobriu o leito do rio Sorraia e a remoção dos jacintos não tem sido fácil

Apoio do Governo para combater praga de jacintos no Sorraia é curto 

Ministério do Ambiente vai atribuir 200 mil euros para combater jacintos e outras plantas invasoras. Autarcas de Benavente e Coruche consideram apoio positivo, mas insuficiente. Limpeza do rio parou devido à pandemia.


O Governo reforçou em 1,7 milhões de euros o fundo ambiental para acções de sensibilização e de conservação da natureza, dos quais 200 mil euros se destinam ao combate a espécies invasoras exóticas aquáticas como os jacintos de água, que têm afectado o rio Sorraia. O anúncio foi feito pelo Ministério do Ambiente e da Acção Climática no dia 14 de Maio e os presidentes das Câmaras de Benavente e Coruche reagiram dizendo que a verba é bem-vinda mas insuficiente para garantir uma resposta eficaz.
Francisco Oliveira, presidente do município de Coruche, disse a O MIRANTE que é uma verba “muito curta para todo o país”, lembrando que “não é apenas no Sorraia que esta espécie existe” e tomou conta do rio. Também o autarca de Benavente, Carlos Coutinho, se disse “desiludido”, com o montante que considera insuficiente para pôr em prática o projecto de monitorização permanente que se pretende implementar no Sorraia, em parceria com a Agência Portuguesa do Ambiente (APA).
O projecto, explicou Francisco Oliveira, inclui a contratação de vigilantes para fazer a limpeza manual dos jacintos nos locais onde o rio não permite que seja feita limpeza mecânica. Também está contemplada a remoção de árvores e outras barreiras vegetais e ainda a colocação de zonas de ancoragem ao longo do rio para que os jacintos-de-água removidos possam, posteriormente, ser facilmente recolhidos.

Pandemia atrasou limpeza do rio e é urgente retomá-la
Numa altura em que a limpeza de jacintos do rio Sorraia parou devido à pandemia de Covid-19 e em que as condições climatéricas voltam a ser favoráveis à proliferação desta espécie invasora é, na opinião dos autarcas, urgente desbloquear mecanismos para que o trabalho de remoção possa ser retomado. Caso contrário, alertou Carlos Coutinho, o rio “vai ter novamente um manto de jacintos” a cobri-lo. “Os jacintos estiveram em hibernação e agora estão a revitalizar-se. Com a facilidade com que se reproduzem vamos ter, novamente, uma situação muito difícil”, afirmou.
Em Benavente continuam a existir alguns focos desta planta invasora e em Coruche os pontos críticos são a Tortinha e o Rebolo. Os autarcas têm já uma nova reunião agendada com a APA para que o plano de acção possa ser concluído.

Apoio do Governo para combater praga de jacintos no Sorraia é curto 

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