Assaltos no Arripiado continuam e população começou a tomar medidas
Moradores estão a agir perante os roubos que continuam a ocorrer na aldeia. Uma das últimas tentativas de assalto acabou com a vítima a disparar dois tiros para o ar para afastar o ladrão do interior da sua propriedade.
Os assaltos na aldeia do Arripiado, concelho da Chamusca, continuam a um ritmo quase diário e a população já começou a agir em defesa do que é seu. Desde a notícia que fez manchete na edição de 14 de Abril de O MIRANTE, mais cinco habitações foram alvo de tentativas de assalto. Uma delas aconteceu na madrugada de sexta-feira, 22 de Maio, e acabou com o proprietário da habitação que estava a ser assaltada a disparar dois tiros de caçadeira para afastar o intruso. “Comecei a ouvir muito barulho vindo do meu quintal. Percebi que era o indivíduo e quando cheguei lá fora mandei dois tiros para o ar e ele fugiu”, explica a O MIRANTE o morador envolvido neste incidente.
O MIRANTE voltou ao Arripiado e, segundo o habitante envolvido neste último caso, que preferiu não se identificar, mais pessoas têm procurado defender-se com armas quando sentem que o gatuno está por perto. Recorde-se que todas as denúncias recaem sobre um indivíduo que mora na aldeia e tem causado medo e pânico entre a população.
O MIRANTE confirmou que, apesar de uma ou outra situação de aparente confronto com o suspeito, o medo aumentou. Oito dias depois da primeira notícia de O MIRANTE sobre o caso, foi assaltada uma casa de uma residente de 90 anos que nesse dia fez uma viagem de ida e volta a Lisboa. Uma das habitantes, também do grupo dos mais idosos, está trancada em casa há vários dias e recusa-se a sair porque, tem a certeza, se sair para ir à loja ou à padaria será o suficiente para lhe entrarem em casa, e não quer correr esse risco, diz um dos seus vizinhos.
Autoridades e autarquia continuam sem dar
sinais de vida
Duas semanas depois da reportagem de O MIRANTE nem a GNR da Chamusca nem os autarcas se mostraram preocupados com o drama da população do Arripiado, que tem cerca de 200 habitantes. “É quase como se não existíssemos” afirma um popular. Segundo apurámos junto da GNR, o suspeito, com cerca de 30 anos, tem mais de uma dezena de processos a decorrer em tribunal.