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Mau cheiro do aterro de Azambuja associado à deposição de materiais orgânicos
O aterro de Azambuja foi licenciado em 2012 para receber resíduos não perigosos

Mau cheiro do aterro de Azambuja associado à deposição de materiais orgânicos

O ministro do Ambiente afirma que os maus cheiros estão associados à deposição de resíduos orgânicos durante o período em que a Valorsul teve a central de incineração em manutenção.

O mau cheiro emanado do aterro de Azambuja está associado à deposição de materiais orgânicos durante a manutenção da central de incineração da empresa Valorsul, afirmou o ministro do Ambiente e da Acção Climática no dia 20 de Maio, em audição na Comissão Parlamentar de Ambiente, Energia e Ordenamento do Território, na Assembleia da República.
“Venham daí outras soluções para estes resíduos orgânicos durante este período”, apelou o governante João Matos Fernandes, explicando que a Valorsul foi obrigada a depositar material orgânico em vários aterros da região de Lisboa e Vale do Tejo.
O ministro do Ambiente ouviu preocupações de todos os grupos parlamentares sobre o funcionamento do aterro de Azambuja, inclusive impactos na vida das populações. Gerido pela empresa Triaza, o aterro de Azambuja foi licenciado em 2012, com licença ambiental desde 2013, para receber resíduos não perigosos, indicou o governante, adiantando que, em 2019, pela primeira vez no triénio 2017/2019, o aterro recebeu resíduos importados, “um número ligeiramente inferior a 15 mil toneladas”.
“O impacto dos resíduos estrangeiros é, em tudo, semelhante ao nacional, tratando-se de resíduos equiparados a urbanos, com um grau de fermentação que permite afirmar que, quer o biogás, quer o lixiviado produzido, é diminuto”, avançou João Matos Fernandes.
Sobre os relatos de maus cheiros, o ministro do Ambiente disse que “estão associados à deposição de materiais orgânicos que foram depositados no aterro durante o período em que a Valorsul teve a sua central de incineração em manutenção”.
Em relação à deposição de amianto, as últimas acções de fiscalização realizadas indicam que “os resíduos de construção e demolição contendo amianto são depositados numa zona sinalizada do aterro, sendo feita a cobertura dos mesmos, efectuando-se uma vigilância sobre a referida zona”, assegurou o governante.
Para que se tenha conhecimento do local onde os resíduos de amianto se encontram depositados, “a zona de deposição é assinalada numa peça desenhada, explicando bem quais são as coordenadas geográficas do local”, reforçou Matos Fernandes.
A 9 de Março, a Câmara Municipal de Azambuja reafirmou o empenho em encerrar o aterro do concelho. O mau cheiro que emana do aterro e a existência de centenas de gaivotas no meio do lixo fez com que a população avançasse com uma petição online para exigir que o aterro seja encerrado, “salvaguardando dessa forma a qualidade de vida, a saúde e o bem-estar” das pessoas.

Mau cheiro do aterro de Azambuja associado à deposição de materiais orgânicos

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