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“É preciso respeito pelos aficionados e pela importância da festa brava”
Festa do Colete Encarnado e a importância das raízes históricas taurinas na região foi o foco do debate realizado através da Internet

“É preciso respeito pelos aficionados e pela importância da festa brava”

Deputada Maria da Luz Rosinha deixou a mensagem num debate promovido pela JS de Vila Franca de Xira. Estimativa da Junta de Freguesia de VFX diz que Colete Encarnado é uma festa que rende entre meio milhão e um milhão de euros em três dias.

A tauromaquia e as tradições taurinas estão debaixo de um cerco dos partidos e movimentos de protecção animal que só pode resistir se os aficionados colocarem de lado as suas divergências e se unirem para defender as suas raízes de forma inteligente, franca e correcta.
Esta foi a ideia chave emanada de um debate realizado em Vila Franca de Xira por via digital na noite de sexta-feira, 10 de Julho, dedicado à importância histórica e cultural da festa do Colete Encarnado. Promovido pela Juventude Socialista do concelho, o debate contou com a presença de Maria da Luz Rosinha, deputada e ex-presidente do município, João Santos, presidente da Junta de Freguesia de VFX, Catarina Bexiga, jornalista e crítica taurina, e Vítor Bico, da Tertúlia Colete Encarnado.
“É preciso respeito pelos aficionados e pela importância da festa e o que tem existido é uma grande falta de respeito por quem gosta e defende esta cultura. As coisas têm de evoluir com abertura das duas partes senão não há aproximação e isso é sempre muito mau”, lamenta Maria da Luz Rosinha.
A deputada, que falou no dia em que o Parlamento chumbou as propostas que visavam acabar com os apoios públicos à tauromaquia, diz não ter dúvidas que está montado um cerco às tradições tauromáquicas que não vai acabar tão cedo. Por isso, é preciso que o Ribatejo e os aficionados se unam para defender as suas tradições. “Nunca como agora assistimos a um momento de tanta turbulência no que diz respeito à festa de toiros. Mas é a nossa tradição e as nossas raízes. O Colete Encarnado é uma festa organizada pela câmara municipal. Caso essas propostas passassem como seria?”, questiona.
A parlamentar avisa que o impacto económico do cancelamento da festa este ano foi duro para os comerciantes. E espera que a Feira de Outubro possa ajudar a minorar as consequências económicas da pandemia. Mas nota que os comerciantes da cidade também se deviam envolver mais nas festas grandes da cidade. “Faz todo o sentido que tenham as portas abertas para fazer negócio, são um cartão de visita, devem empenhar-se a decorar as suas montras e os restaurantes devem funcionar porque nem toda a gente come nas tertúlias”, nota.
João Santos, presidente da Junta de Freguesia de Vila Franca de Xira, professor universitário e doutorado em economia, diz que as primeiras estimativas apontam para um impacto económico do Colete Encarnado entre os 500 mil e um milhão de euros em três dias. “É uma almofada e um balão de oxigénio que sustém a actividade do comércio na cidade”, nota.
Catarina Bexiga não tem dúvidas que VFX tem tudo para ser uma terra “única e diferente” mas lamenta a falta de conhecimento, sensibilidade e respeito de quem está contra a tauromaquia. Vítor Bico destacou a grande evolução do Colete Encarnado nos últimos anos mas acredita que ainda muito pode ser melhorado. E deixou uma recomendação: o futuro museu tauromáquico não deve ser apenas sobre toiros e toureiros mas também deve incluir as raízes culturais da terra, como a memória de alguns cafés.

“É preciso respeito pelos aficionados e pela importância da festa brava”

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