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Praia do Agroal é um paraíso no meio da natureza
Jorge Faria e Rodrigo Lourenço vigiam a praia Fluvial do Agroal

Praia do Agroal é um paraíso no meio da natureza

A bandeira azul na praia fluvial do Agroal, um lugar que para muitos é um paraíso em terra, foi hasteada no dia 10 de Julho. A região ribatejana, de Salvaterra de MAgos a Abrantes, tem das melhores praias fluviais do país.

O hastear da bandeira azul na praia fluvial do Agroal, Ourém, vem reforçar a ideia de que o Agroal pertence ao lote das praias fluviais mais bonitas do país. O número de pessoas que visitam diariamente o espaço confirma-o: no dia da reportagem de O MIRANTE, 10 de Julho, a praia estava lotada com 190 pessoas, lotação máxima permitida devido à pandemia. Na porta de entrada ainda faziam fila mais de duas dezenas de pessoas que, debaixo dos 35 graus dessa tarde, esperavam para poderem dar um mergulho nas águas do rio Nabão, conhecidas pelas suas propriedades terapêuticas.
A pensar nos efeitos da pandemia, o espaço sofreu algumas intervenções antes da abertura da época balnear que permitem receber mais banhistas em segurança. “A APA (Agência Portuguesa do Ambiente) esteve recentemente no Agroal e tudo indica que em breve a lotação máxima chegará às 335 pessoas”, revelou Luís Albuquerque, presidente da Câmara de Ourém, que dirigiu a cerimónia do hastear da bandeira azul.
“Estamos num paraíso no meio da natureza”. É assim que Rúben e Diogo Castro respondem depois de questionados pelo repórter de O MIRANTE. Apenas com os pés dentro de água, de livros na mão, estudavam para o exame nacional de Matemática. Vieram de Lisboa com os pais porque, admitem, a família ainda não se sente segura para viajar nem fazer férias em espaços com grandes ajuntamentos. “A pandemia tem feito com que a nossa família conheça recantos do país que de outra forma não conheceríamos. Quem vem da cidade fica encantado quando conhece o campo e a sua beleza”, afirmam.

Receber um bacalhau depois de um salvamento
Rodrigo Lourenço e Jorge Faria são os nadadores salvadores que vigiam a praia fluvial do Agroal. Estão perto de concluir o ensino universitário e o trabalho serve principalmente para ajudar a pagar as propinas. Dez dias depois da reabertura da época balnear ainda não tinham tido trabalho digno de registo, mas reconhecem que ainda há muita gente que não percebe a gravidade da situação pandémica que vivemos. “Uma das nossas funções é salvar pessoas mas também educar e mudar comportamentos”, afirmam conscientes da sua missão.
Sobre histórias de anos passados, Jorge Faria recorda-se especialmente do salvamento de um senhor que estava em paragem respiratória. “Dez dias depois apareceu-me com um bacalhau porque o médico que o tratou lhe disse que eu merecia pelo menos um bacalhau. Fiquei a pensar, como ele era emigrante há muitos anos, levou o conselho do médico à risca, embora também me tivesse apertado a mão”, contou com um sorriso.

Um comerciante à espera de melhores dias
António Duarte, 72 anos, tem uma banca de venda montada junto à porta de entrada do Agroal. É um dos três comerciantes que esperam por melhores dias para vender os seus produtos. Com mais de 150 colmeias espalhadas pela região, comercializa todo o tipo de produtos derivados do mel. Para montar banca paga cerca de 150 euros ao município. Como o negócio está parado tem algum receio de não ganhar para a renda mas, pelo menos, divulga os produtos da terra, diz.

Duas dezenas de praias fluviais no Ribatejo

Em tempo de pandemia as praias fluviais são um dos destinos mais procurados pelos turistas, quer pela segurança quer pela beleza. Na região ribatejana existem mais de duas dezenas de praias fluviais, piscinas e espaços de lazer. Neste texto damos conta de algumas que estão oficialmente classificadas como praia fluvial e/ou têm bandeira azul.
A praia fluvial de Cardigos, Mação, ainda não tem bandeira azul, o que pode ser surpreendente para quem a visita. Neste momento o espaço está limitado à presença máxima de 150 pessoas. As suas piscinas fluviais são para pessoas de todas as idades. Já foi eleita a “Estrela do Médio Tejo” na categoria Património – Praias Fluviais. Também em Mação, a praia fluvial do Carvoeiro é um dos ex-libris do concelho. Rodeada por floresta, é o local indicado para se desfrutar do silêncio e do ar puro uma vez que não existem áreas urbanas por perto. O Carvoeiro é mais uma das praias fluviais com bandeira azul.
A praia fluvial da Aldeia do Mato, no concelho de Abrantes, é a mais famosa de todas. Uma autêntica piscina natural na albufeira de Castelo do Bode, e uma das principais atracções turísticas por causa da zona envolvente, mas também pelas actividades de recreio e lazer que ali se realizam nomeadamente canoagem. Reconhecida pela Quercus com bandeira azul e com o galardão Praia para Todos, é o local indicado para umas miniférias em contacto directo com a natureza.
Situada na freguesia da Louriceira, Alcanena, onde nasce o rio Alviela, encontra-se a praia fluvial dos Olhos de Água. Foi requalificada em 2016 e hoje é um dos locais de visita obrigatória na região. O espaço é amplo e as águas, apesar de frias, são tão limpas que é fácil nadar e ver os peixes. Muito perto encontra-se o Centro de Ciência Viva do Alviela que explica a importância do lugar.
A Praia Doce fica em Salvaterra de Magos e foi requalificada em 2015. Todos os anos a autarquia renova o espaço que é procurado pelos lisboetas já que fica a pouco mais de meia hora da capital.

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