O perigoso cruzamento de Povos, ao quilómetro 26 da Estrada Nacional 1, em Vila Franca de Xira, que dá acesso à zona industrial e aos vários hipermercados ali existentes, vai deixar de existir e será transformado numa rotunda.
Quem frequenta aquele cruzamento, popularmente conhecido por “cruzamento dos hipermercados”, conhece os problemas que representa, em especial nas horas de ponta, com tráfego intenso e longas filas de espera para conseguir entrar na estrada nacional. Depois de anos de avanços e recuos entre as várias partes foi finalmente aprovado, em reunião de câmara, o protocolo entre a câmara municipal, a Infraestruturas de Portugal (IP) e o estabelecimento comercial Lidl, tendo em vista a construção da rotunda que visa acabar com um cruzamento classificado há vários anos como ponto negro de sinistralidade rodoviária.
O promotor da obra, o Lidl, pretende melhorar as acessibilidades ao seu espaço comercial e apresentou à IP um projecto de execução para a rotunda, incluindo a construção de passeios e de uma gare de transportes públicos. A IP já deu luz verde ao projecto de execução e considera que a rotunda proposta é “adequada à garantia das condições de sustentabilidade ambiental, fluidez de tráfego e segurança da circulação”.
Ainda assim, para que possa ser construída, terá de ser cedida uma parcela de terreno pela câmara municipal. “Vamos ceder 93,3 metros quadrados das nossas oficinas, com outra área que o operador também terá de ceder para esta execução”, explica António Oliveira, vice-presidente do município.
No protocolo que vai ser assinado entre as três partes, o Lidl assume-se como dono da obra e compromete-se a lançá-la, geri-la, executá-la e fiscalizá-la, desde o procedimento contratual até ao seu encerramento administrativo. A obra ainda não tem data de lançamento mas cabe à IP autorizar o início dos trabalhos depois de decorridos os prazos legais previstos no código dos contratos públicos. O Lidl apresentou uma caução de 10 por cento do valor estimado da obra, na ordem dos 23 mil euros, destinada a garantir o cumprimento da boa execução dos trabalhos. No caso da consignação da obra não ocorrer no prazo de dois anos o valor será perdido a favor da Infraestruturas de Portugal.