O presidente da Câmara Municipal de Almeirim, Pedro Ribeiro, congratulou-se com a certificação da sopa da pedra e das caralhotas de Almeirim, referindo que é o culminar de um processo que começou há alguns anos e está inserido numa estratégia que o município tem vindo a desenvolver de certificação de vários produtos regionais. O objectivo e impulsionar o turismo e promover cada vez mais os produtos locais.
No caso da sopa da pedra, que obteve do Ministério da Agricultura o reconhecimento de Especialidade Tradicional Garantida (ETG), o objectivo era o de certificar o prato, que tem um conjunto de características únicas que têm a ver, por um lado, com aquilo que é a tradição de o fazer em Almeirim e, por outro lado, com um conjunto de ingredientes (desde os enchidos ao feijão) que têm de ser específicos sob pena de o resultado final não ser o da sopa da pedra.
A caralhota de Almeirim, que conquistou, por sua vez, o selo de Indicação Geográfica Protegida (IGP), é um pão pequeno cozido no forno a lenha, que pode ser produzido “sem conduto”, ou ser recheado com chouriço ou farinheira, entre outros enchidos.
“Esta certificação é não só fundamental para manter a tradição da sopa da pedra e das caralhotas, mas também garante a quem vai experimentar estas duas especialidades que o possa fazer com a certeza de que são verdadeiras e assim criar condições para que tenham cada vez mais valor acrescentado”, notou Pedro Ribeiro.
Segundo o autarca, “só na zona turística envolvente à Praça de Touros” da cidade, recentemente requalificada e onde se concentram restaurantes, lojas e esplanadas, “foi vendido mais de um milhão de refeições em 2019, onde a sopa da pedra é o prato principal”, dando ainda conta de uma produção anual de três milhões de caralhotas de Almeirim.
De acordo com o presidente, esta certificação vai garantir que quem visite Almeirim e tencione comer a sopa da pedra e a caralhota o possa fazer com certezas de que é a verdadeira. “É um momento importante para a nossa identidade, gastronomia e economia, sendo que o que faz a diferença hoje em dia é o que é genuíno e original”, enfatizou, relativamente a dois produtos que têm as suas raízes na história agrícola das gentes de Almeirim.
Depois da certificação das duas especialidades típicas de Almeirim em Portugal, o próximo passo é o da certificação internacional, candidatura que, deu conta, “já está a ser analisada na Comissão Europeia”, que “deverá concluir o processo no próximo ano”.