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Basquetebol sénior no Forte da Casa para aproveitar o trabalho da formação
Presidente, vice-presidente, treinador e director da modalidade da União Desportiva e Cultural do Forte da Casa

Basquetebol sénior no Forte da Casa para aproveitar o trabalho da formação

União Desportiva e Cultural do Forte da Casa quis acabar com a sangria de jovens talentos do basquetebol para fora do concelho de Vila Franca de Xira e tornou-se este ano no segundo clube do concelho a ter uma equipa sénior. Em poucas semanas recebeu mais de meia centena de atletas.

Uma união de boas vontades para manter o basquetebol vivo no concelho de Vila Franca de Xira. É assim que treinadores, atletas e dirigentes do União Desportiva e Cultural do Forte da Casa (UDCF) falam da equipa sénior de basquetebol que ressuscitou no início deste ano para impedir a crescente sangria de jovens talentos da modalidade para outros clubes da região, sobretudo Lisboa e Torres Vedras.
No concelho só havia uma equipa sénior de basquetebol, no União Vilafranquense. Para acabar com esse cenário o clube do Forte da Casa decidiu avançar e criar também uma equipa sénior para aproveitar os jovens talentos que vão saindo dos escalões de formação. Em poucas semanas meia centena de atletas inscreveram-se e já estão a treinar juntando-se aos escalões de formação que o UDCF já tinha.
Rui Ferrage é o treinador do grupo e está também responsável pelos escalões de formação de basquetebol da vizinha Fundação CEBI, de Alverca. Hugo Taborda é jogador e o director da modalidade. Diz que a principal preocupação era dar uma resposta desportiva praticamente inexistente no concelho apesar da elevada procura. “Os miúdos acabavam o escalão de sub-18 e muitos deixavam de jogar ou tinham de ir para clubes de outros concelhos. Não fazia sentido. Vila Franca de Xira tem um passado rico no basquetebol que não se pode deixar morrer e que é preciso dinamizar”, conta a O MIRANTE.
Fernando Gomes, vice-presidente do UDCF, também pratica a modalidade e não pensou duas vezes em acolher os atletas. Além de um complexo desportivo descoberto no centro daquela vila, o clube está a treinar também no pavilhão municipal do Forte da Casa. A pandemia obrigou-os a interromper os treinos, que vão ser retomados depois das férias de Verão, para começarem a competir no campeonato nacional da 2ª divisão, em Outubro.
“Tudo isto tem um impacto muito positivo no Forte da Casa e no concelho porque um só clube com basquetebol não servia. Agora podemos manter atletas que pretendem a competição a sério, quem apenas quer treinar e manter-se fisicamente activo ou até quem esteja a tirar curso de treinador ou de árbitro da modalidade”, explica Fernando Gomes.

Ir para Sporting e Benfica é uma ilusão
Para os responsáveis do clube é nas ruas, mais do que nos pavilhões, que os grandes jogadores aprendem os principais ingredientes para cozinhar as vitórias: instinto de sobrevivência, improviso e superação. “É preciso voltar a jogar na rua. Hoje em dia os miúdos estão demasiado em casa. Os melhores jogadores começaram na rua e isso dá-lhes uma técnica diferente. Precisamos de mais tabelas no espaço público”, defende Hugo Taborda. Já para o treinador, Rui Ferrage, a prioridade é reduzir a fuga de jovens talentos.
“Muitos são assediados pelos grandes clubes e acabam por sair, cegos pelo emblema, depois arrependem-se. Queremos preservar os atletas que formamos e impedir as fugas para os grandes clubes. Muitos vão mas é uma ilusão. Depois acabam por defrontar-se com outros jogadores iguais ou mais talentosos que eles”, avisa o técnico.
Para além da equipa sénior o clube do Forte da Casa vai iniciar a sua 29ª época consecutiva de participação nas competições federadas, nos escalões de sub-8 mistos, sub-10 mistos, sub-12 masculinos e três equipas femininas, de sub-12, sub-14 e sub-16. O clube espera vir a formar também em breve uma equipa feminina de seniores.

Basquetebol sénior no Forte da Casa para aproveitar o trabalho da formação

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