A revisão do Plano Director Municipal (PDM) de Tomar está concluída mas o documento que vai ser apresentado, e que vai a discussão pública em Setembro, não é condizente com aquele que o município pretendia apresentar. Esta versão do PDM de Tomar vai implicar uma redução bastante significativa da área urbanizável do concelho, o que significa que muitos dos terrenos disponíveis para construção vão deixar de estar. O assunto foi discutido na última reunião camarária, que se realizou a 3 de Agosto.
Hugo Cristóvão (PS), vice-presidente da autarquia, admite que muitos tomarenses vão sentir-se lesados porque estavam à espera de poder utilizar os seus terrenos para construir e não o vão poder fazer. O autarca afirma que desde que o documento final foi entregue pelo município, em 2016, foram realizadas dezenas de reuniões com diversas entidades estatais e que os seus pareceres negativos e a lei obrigaram a este desfecho.
“O ordenamento do território vai ser cada vez mais apertado ao nível de regras e imposições por parte das entidades reguladoras que, apesar de não conhecerem o concelho, determinam a forma como achamos que deve ser feita a gestão do nosso território”, afirma Hugo Cristóvão.
Em jeito de desabafo, Hugo Cristóvão diz ainda que nunca imaginou que a revisão de um Plano Director Municipal fosse tão complexa e que o grande objectivo do município era concluí-lo e levá-lo para discussão pública. “Todos queremos ver-nos livres deste processo. Sem PDM nenhum território se desenvolve”, sublinha.
A opinião é partilhada pelo vereador José Delgado (PSD), ao afirmar que sem este instrumento muitos dos investimentos previstos não se podem realizar e que “mesmo sem pai nem mãe o que interessa é que o PDM esteja concluído”.
O Plano Director Municipal de Tomar vai estar disponível para consulta em Setembro, durante 30 dias úteis, e pode ser consultado na Casa de Vieira Guimarães.