Francisco Moita Flores esteve no dia 25 de Janeiro no programa do Goucha, na TVI, a falar do processo sobre corrupção de que está a ser acusado pelo Ministério Público. Depois de afirmar sobre si próprio que tinha feito muito trabalho como autarca em Santarém, referindo, como exemplo, que tinha revolucionado o centro histórico da cidade e feito uma revolução nos jardins, tendo ganho muitos prémios pela realização dessas obras, Goucha perguntou-lhe se ele era corrupto, numa alusão ao processo que corre na Justiça relacionado com a construção do parque de estacionamento subterrâneo do Jardim da Liberdade. Moita Flores defendeu-se dizendo que era tudo mentira e que um dos grandes dramas de Santarém prende-se com o facto das suas elites não estarem motivadas para a política.
Contou depois que recrutou para a sua equipa um jovem advogado da cidade e um contabilista, que considerou pessoas a quem a vida nunca lhes sorriu. Por fim contou que lhes entregou a câmara ao fim de sete anos de mandato e que, logo depois, os processos judiciais começaram a surgir. Ramiro Matos, que foi vice de Moita Flores, e Ricardo Gonçalves, actual presidente da câmara, que foi igualmente vereador de Moita Flores, são os dois personagens que o escritor e ex-polícia acabou a chamar nomes já no final das declarações sobre o assunto, ao dizer que eles “quiseram matar o pai” e que “pertencem a um grupo de caciques que são verdadeiros canalhas”.
O vídeo de uma parte da entrevista pode ser visto no site de O MIRANTE.