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Vítimas de Covid enchem todos os contentores  do Hospital Vila Franca de Xira
foto DR Vítimas de Covid em Vila Franca de Xira estão a acumular-se dentro de contentores

Vítimas de Covid enchem todos os contentores  do Hospital Vila Franca de Xira

Cadáveres são arrumados em macas cobertas com lençóis dentro de contentores que já não chegam para as necessidades. Alguns corpos chegam a ficar três dias à espera de serem recolhidos pelas funerárias.


Já não há espaço onde guardar os mortos por Covid-19 no concelho de Vila Franca de Xira e os dois contentores frigoríficos colocados no hospital da cidade já não dão vazão à procura. Devido à burocracia envolvida no processo de falecimento das vítimas de Covid, à necessidade de serem realizadas autópsias e à grande lista de espera nos crematórios da região, há corpos que chegam a esperar dois ou três dias dentro dos contentores até poderem ser levantados pelas funerárias. Uma situação que tem gerado revolta entre alguns familiares.
Os cadáveres estão a ser armazenados em macas cobertas com um lençol. A capacidade de frio do hospital foi reforçada com os contentores, que têm uma capacidade para 20 corpos cada e que se juntam aos 13 lugares disponíveis na câmara frigorífica da morgue do hospital, que também está lotada.
No Hospital Distrital de Santarém também foi reforçada a capacidade de armazenagem de cadáveres com a colocação de um contentor, permitindo guardar 30 corpos em simultâneo. A elevada mortalidade já levou as funerárias a defenderem procedimentos mais rápidos para quem morreu com Covid-19.

Surtos no tribunal
de VFX e em lares
O Tribunal de Vila Franca de Xira regista quatro casos de Covid-19, incluindo uma juíza, um oficial de justiça, um assistente operacional e um técnico de arquivo. No último fim-de-semana as instalações foram higienizadas mas entre os trabalhadores reina a preocupação porque a maioria está em trabalho presencial.
Há também no concelho surtos em quatro lares de idosos, estando infectados 209 utentes e 93 funcionários, segundo o último balanço oficial das entidades de saúde. No lar da Santa Casa da Misericórdia de Vila Franca de Xira testaram positivo 75 utentes e 34 funcionários, estando no local uma Brigada de Intervenção Rápida (BIR) da Segurança Social. No lar da Fundação CEBI em Alverca há registo de 59 utentes e 28 funcionários infectados com intervenção da BIR prevista para breve. Na Castanheira do Ribatejo o lar de Betel registou 16 utentes positivos e três funcionários também com a doença.
Na Póvoa de Santa Iria os 124 testes realizados a todos os utentes e funcionários da Associação de Reformados e Idosos (ARIPSI) detectaram 39 casos positivos e 6 inconclusivos. Com a maioria dos técnicos e funcionários em quarentena o presidente da associação, Rui Benavente, lançou um apelo à comunidade para que esta ajude com alimentos, confecção de comida e voluntários que possam ajudar na higiene, supervisão, alimentação e hidratação dos idosos. “Qualquer tarefa, por muito pequena que possa parecer será uma grande ajuda”, apela o dirigente.

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