uma parceria com o Jornal Expresso

Edição Diária >

Edição Semanal >

Assine O Mirante e receba o jornal em casa
31 anos do jornal o Mirante
Novo coronavírus ataca forte na Diocese de Santarém
José Traquina

Novo coronavírus ataca forte na Diocese de Santarém

Bispo de Santarém esteve em confinamento e vigário geral foi internado devido à Covid-19 tendo também falecido dois padres carismáticos da diocese: Fernando Campos e António Diogo.

O bispo da Diocese de Santarém, José Traquina, foi posto em confinamento por ter tido resultado positivo no teste ao novo coronavírus, tendo sido ainda infectados o chanceler, uma funcionária e o vigário geral, que teve de ser internado. A Covid-19 vitimou nas últimas semanas o vigário geral emérito Fernando Campos da Silva, de 91 anos, e o padre António Diogo, de 84 anos, ex-pároco de Rio Maior, que se encontrava internado no Hospital de Santarém.
Num comunicado publicado no dia 29 de Janeiro, na sua página na Internet, a Diocese de Santarém afirmava que o vigário geral, Aníbal Vieira, e o padre António Diogo se encontravam internados no Hospital Distrital de Santarém, permanecendo o bispo José Traquina e os restantes elementos diagnosticados com a Covid-19 na Casa Episcopal, “com os sintomas normais nestas situações”. O padre Diogo acabou por falecer no dia seguinte.
Antes, no domingo, 24 de Janeiro, a Diocese de Santarém tinha anunciado a morte do vigário geral emérito Fernando Campos da Silva, de 91 anos, também devido à Covid-19.
O bispo e os padres residentes no edifício do antigo seminário de Santarém fizeram o teste ao vírus SARS-CoV-2 depois de terem sido conhecidos, no dia 21 de Janeiro, os casos dos padres “mais idosos” ali residentes, Fernando Campos e António Diogo.

António Diogo

Padre António Diogo era “a imagem viva do bom pastor”

O padre António Diogo era natural do concelho do Sabugal, no distrito da Guarda, o padre Diogo fez a sua vida pastoral em terras ribatejanas, tendo sido pároco em diversas localidades como Rio Maior, Alcanede, Alcorochel, Brogueira e Casével. Era uma figura bastante estimada e, em Rio Maior, foi alvo de uma homenagem em 2013, por parte do município, para celebrar os seus 50 anos de sacerdócio.
Nessa altura, em entrevista a O MIRANTE, confessou-se um “ribatejano do coração”, que gostava de fado e de ver os touros na arena. Contou que quando pelos seus dez anos decidiu que queria ser padre estava longe de pensar que essa missão o poderia levar para cenários de guerra como os que viveu na Guiné-Bissau entre 1972 e 1974, onde foi capelão militar. No norte da Guiné viu a guerra de perto e também o já então famoso general Spínola (primeiro Presidente da República no pós-25 de Abril), de quem chegou a apanhar boleia de helicóptero.
A Diocese de Santarém lembra o padre Diogo como “uma imagem viva e concreta do Bom Pastor; nunca abandonou o rebanho que lhe foi confiado como ao servo fiel e prudente”. As cerimónias fúnebres foram celebradas no domingo no cemitério de Casteleiro, sua terra natal.

Novo coronavírus ataca forte na Diocese de Santarém

Mais Notícias

    A carregar...

    Capas

    Assine O MIRANTE e receba o Jornal em casa
    Clique para fazer o pedido