A contestação de muitos consumidores ao aumento exorbitante das facturas da água emitidas pela empresa intermunicipal Águas do Ribatejo, em 2020, fez-se no último trimestre do ano e levou mesmo à criação de um movimento cívico para dar mais peso reivindicativo e negocial aos auto-denominados lesados da Águas do Ribatejo.

Muitos habitantes dos sete concelhos abrangidos pela Águas do Ribatejo querem respostas e uma solução para os aumentos exponenciais nas facturas da água, que chegaram às centenas de euros e até, em alguns casos, a ultrapassar os mil euros.

A associação informal Lesados ou Contribuintes da Águas do Ribatejo avançou entretanto com uma queixa colectiva para a Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR) e manifestou intenção de avançar para a justiça caso a ERSAR não tome uma posição na defesa dos consumidores.

A Águas do Ribatejo justificou os valores elevados das facturas com o facto de não terem sido feitas leituras de forma continuada por causa da Covid-19, admitindo que possam existir também situações relacionadas com erros de leitura ou rupturas. A empresa garantiu que não iria cortar água a ninguém por falta de pagamento, permitindo que o valor seja liquidado de forma fraccionada entre seis e doze meses, nos casos em que se comprove que o valor facturado é correcto.