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Quando oiço falar em engenharia financeira  já sei que o mexilhão se vai lixar

A engenharia financeira é ensinada em escolas superiores e universidades. É uma coisa para doutores, ministros de finanças e até para presidentes de câmara, juntas de freguesia, contabilistas de minimercados e especialistas de candidaturas a fundos comunitários.
Para mim, que sou um analfabeto incapaz de preencher uma declaração de impostos, até porque a minha declaração do ISR já vem pré-preenchida e as finanças me tratam da saúde em três tempos se eu não pagar todos os outros impostos, sejam de circulação ou de imobilidade, a engenharia financeira é algo que me dava um jeitão mas não posso pensar nisso porque, para além de não ter know-how, acho que é assim que se diz, não tenho capital que me permita contratar um artista dessa nobre arte de baralhar e baralhar até a coisa resultar.
O maior engenheiro financeiro que já tivemos foi o ministro Centeno, que elevou a engenharia financeira a um nível técnico só com paralelo na arte de marcar golos do Ronaldo. Com aquela coisa das cativações, até o nome cheira a esturro, deu cabo dos serviços públicos todos.
O que a mim me admira é andarmos há um ano nesta pandemia, com o Serviço Nacional de Saúde, ai tio, ai tio... e ainda ninguém se ter lembrado das famosas cativações na área da saúde que tão bem fizeram às Finanças, ao ministro e ao Governo, mas que tão mal fizeram ao SNS, como agora se viu. Ele aguentar, lá se aguentou mas só mais tarde, quando passar o vírus e a fumarada política e comentativa é que vamos perceber como.
E já não falo dos outros serviços públicos, que foram todos ao ar mas que ainda ninguém deu por nada porque estão paralisados e a pandemia tudo tapa.
Rui Ricardo

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