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Tempo de exigir mais respeito e consideração pelos habitantes de Benavente 

Tempo de exigir mais respeito e consideração pelos habitantes de Benavente 

Em Benavente nem três meses decorreram entre a medíocre conclusão de uma ciclovia marginal à EN118 e a subsequente destruição de vários troços e muitas dezenas de metros, ao longo do mês de Fevereiro.
Sem grandes preocupações de informar os munícipes sobre a execução da obra original ou sobre a responsabilidade pela destruição que se lhe seguiu, a Câmara Municipal de Benavente mantém-se fiel ao que parece ser um pilar da gestão autárquica: o presidente reencarna a figura do senhor feudal e o restante executivo está-se positivamente marimbando para a permanente prestação de contas aos eleitores.
Neste contexto, parece-me irrelevante saber quem teve a responsabilidade pela obra original e a quem podem ser assacadas culpas pela destruição que se lhe seguiu. O erário público sofreu, a vida e a mobilidade dos cidadãos foi prejudicada, os militares da GNR foram deslocados de outras missões mais importantes para controlarem o trânsito na EN118 e ninguém nos garante que, daqui por mais uns meses, com a aproximação das eleições, não serão feitos mais uns pequenos arranjos para uma inauguração com pompa e circunstância.
Num concelho que parece votado ao abandono, com ruas sujas e desarrumadas, sem mobiliário urbano de qualidade, sem equipamentos de lazer, quer para os mais jovens quer para os mais idosos em condições, com zonas insalubres e desleixadas no coração de áreas residenciais, sem divulgação do seu património histórico com mais de 800 anos, com uma generosa zona ribeirinha totalmente negligenciada, com um rio coberto de jacintos de água e com um significativo rol de outras evidências da mais absoluta incúria autárquica, seria talvez tempo de exigir do executivo municipal um pouco mais de respeito e consideração pelos habitantes de Benavente.
Que não se pode esgotar na manifestação pífia da “festa da amizade” – que, dizem os residentes mais antigos, há muito deixou de ser um convívio generalizado, para se transformar num mercado onde se vão buscar as sardinhas para assar e comer em casa.
Mário Alexandre Maciel

Tempo de exigir mais respeito e consideração pelos habitantes de Benavente 

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