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Alviela volta a ser alvo de descargas poluentes

Um manto de espuma branca, de origem desconhecida, invadiu o rio na manhã de 5 de Março, na freguesia de Pernes. Moradores, ambientalistas e forças políticas pedem a intervenção, articulada com o Governo, dos municípios de Santarém e Alcanena.

Moradores de Pernes depararam-se na manhã de sexta-feira, 5 de Março, com um novo episódio de poluição no rio Alviela. Um manto de espuma branca, de origem desconhecida, invadiu o rio e levou já à participação do incidente ao Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) da GNR. Os moradores lamentam estes episódios de poluição que são recorrentes, sobretudo nos dias de maior pluviosidade.
“Sempre que os poluidores entendem que estão reunidas as necessárias condições para poluir, as agressões ambientais ocorrem”, afirma José Gabriel num comunicado da Comissão de Luta Anti-Poluição do Alviela (CLAPA), movimento fundado em 1976 e que é uma das mais antigas associações ambientalistas do país.
O “novo crime ambiental como há muito tempo não se registava” levou o deputado municipal do Bloco de Esquerda (BE), Vítor Franco, a enviar um requerimento à Câmara de Santarém onde, entre outras questões, pergunta se o município contactou a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e a Câmara Municipal de Alcanena; se apresentou queixa junto do SEPNA; e se tem identificado episódios de crime ambiental em lugares específicos do rio Alviela. Em caso afirmativo, indaga se o município tem identificado os autores desses actos. O BE questiona ainda sobre a actuação no concelho dos guarda-rios.
O mesmo episódio de poluição levou também a concelhia de Santarém do PCP a emitir um comunicado de imprensa onde recorda a aprovação em Outubro de 2020, em assembleia municipal ordinária, da moção “Em defesa do rio Alviela”, apresentada pela CDU. No texto, a CDU defendeu a necessidade de um plano estratégico para a resolução do problema da poluição do rio Alviela, articulado entre os concelhos de Santarém e Alcanena e o Governo. Na mesma nota o PCP enfatiza o seu repúdio à “exploração económica desenfreada e desregulada”.
A Federação Distrital de Santarém da Juventude Socialista expressou também, em comunicado, o seu “desagrado público”, chamando a atenção para as regulares ocorrências de poluição no Alviela, defendendo como determinante “uma maior monitorização e controlo dos pontos críticos já identificados, assim como uma acção exemplar sobre os que recorrem a práticas ilegais que acarretam tantos prejuízos ambientais para o distrito de Santarém”.

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