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Mulheres pedem mais apoios sociais  porque os homens têm vergonha
Sílvia Vítor

Mulheres pedem mais apoios sociais  porque os homens têm vergonha

Apesar de existirem muitas famílias monoparentais de mães e filhos, o que acentua as dificuldades, também é verdade que são sobretudo as mulheres que pedem apoios sociais quando as famílias estão em dificuldades. Para a vereadora da acção social de Azambuja, os homens ainda que são quem deve garantir o sustento da casa.

As mulheres são as que mais pedem apoios sociais no concelho de Azambuja, mas isso não quer dizer forçosamente que sejam mais dependentes que os homens. O que acontece é que as mulheres são mais desinibidas e não se envergonham como os homens na hora de encontrarem soluções para as carências económicas das famílias, revela a vereadora. Sílvia Vítor, diz que ainda há “um estigma, por parte dos homens, de que são eles o sustento da casa”.
Mas também é verdade que há um número cada vez maior de famílias monoparentais no concelho, maioritariamente constituídas por mulher e filhos. A vereadora admite ainda que as empresas do concelho preferem recrutar homens, porque estão mais disponíveis para trabalhar por turnos e aos fins-de-semana, o que acentua as dificuldades das mulheres que vivem sozinhas ou com os filhos.
Para combater as desigualdades, o município, que tem um quadro de pessoal com uma maioria de mulheres, vai iniciar um Plano Municipal de Igualdade e Não Discriminação. O objectivo é encontrar soluções e definir um caminho conjunto com as empresas para que possam ter em conta as necessidades das mulheres trabalhadoras, que passam sobretudo pela conciliação da vida profissional e familiar. “Para quem não tem retaguarda familiar é praticamente impossível aceitar uma oferta de emprego por turnos”, explica a vereadora a O MIRANTE.

É precisa uma política
com toque feminino
Sílvia Vítor é actualmente a única mulher no executivo da Câmara de Azambuja, após a saída de Maria João Canilho em Novembro. Vereadora desde 2017, depois de dois mandatos como eleita da assembleia de Freguesia de Aveiras de Cima, não sente uma responsabilidade maior por não haver mais mulheres no executivo, mas sim por mostrar que as mulheres também são competentes e que têm “uma outra perspectiva que também é importante na política”. É por isso que aceitou integrar a comissão das mulheres socialistas do concelho, criada no início de 2020 para promover a igualdade de género na política.
A vereadora, com os pelouros da Acção Social, Educação, Emprego e Desporto, admite que não há mais mulheres na política porque as responsabilidades domésticas não lhes deixam tempo. Sílvia Vítor admite que só consegue conciliar a vida autárquica com a familiar porque os seus colegas são sensíveis ao facto de ter dois filhos pequenos, deixando-a livre do trabalho de representação do município aos fins-de-semana.

Mulheres pedem mais apoios sociais  porque os homens têm vergonha

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