
Ordem de demolição para edifício inacabado no local da antiga sede do Ferroviários
Câmara do Entroncamento embargou obra há quinze anos e nada mais foi feito.
A Câmara do Entroncamento deu um prazo de seis meses ao proprietário de um edifício inacabado, localizado na Rua Almirante Reis, para proceder à sua demolição. O edifício, implantado no local da antiga sede do Grupo Desportivo dos Ferroviários do Entroncamento, começou a ser construído após a demolição da mesma. A obra, licenciada em Novembro de 2003 à empresa Gonçalves & Baptista Lda., foi embargada, devido a irregularidades, no final de 2005 e nunca mais foi retomada.
A decisão de ordenar a demolição foi tomada por unanimidade, na reunião do executivo municipal de 1 de Março, e o município explica em comunicado que tal aconteceu após ter sido tentado, sem sucesso, encontrar uma solução “em período aceitável”, junto do actual proprietário, o Banco Montepio, que a câmara identifica apenas como sendo, “uma entidade bancária”.
No comunicado, citado pela agência Lusa, a autarquia explica que, “após o embargo e sem responsável técnico, foram executados trabalhos ilegalmente, nunca tendo sido desencadeada qualquer acção pelo promotor para a regularização do processo”.
Na altura da venda do edifício sede à construtora, o Grupo Desportivo dos Ferroviários do Entroncamento - forçado a pedir a insolvência por dívidas, em 2009, após 78 anos de actividade - informou que a sua futura sede seria num espaço do edifício a construir e que, enquanto isso não acontecesse, a empresa pagaria a renda das instalações onde o clube passou a funcionar, mais uma verba adicional de 750 euros.
No entanto, em Março de 2006, em entrevista a O MIRANTE, o então presidente do Ferroviários, Vítor Ferreira, disse que a construtora já não procedia ao pagamento de rendas há cinco meses.
