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Prodyalca vai renascer das cinzas em instalações provisórias 
Luciana dos Santos. João Paulo Oliveira. Incêndio consumiu as instalações e quatro viaturas estacionadas junto à Prodyalca

Prodyalca vai renascer das cinzas em instalações provisórias 

Fábrica de produtos químicos devastada pelas chamas a 4 de Março, em Moitas Venda, está agora a laborar em instalações cedidas provisoriamente. Entre stocks destruídos, equipamentos e pavilhão, o prejuízo contabiliza-se em mais de um milhão de euros.

Domingos e Florinda Moringa moram em Minde. Na noite anterior viram e sentiram o fumo “horrível” e quiseram ver, à luz do dia, a dimensão dos estragos. Do lado de fora do gradeamento da Prodyalca observam a destruição. As vigas de ferro que suportavam o edifício ficaram retorcidas pelo calor. Há depósitos ardidos, um amontoado de objectos queimados que já não se conseguem identificar e quatro viaturas carbonizadas. Três sobreiros também pereceram às chamas que consumiram a fábrica de produtos químicos em Moitas Venda, Alcanena, ao final da tarde e pela noite dentro de quinta-feira, 4 de Março.
Passaram perto de 24 horas desde o início do incêndio, mas o cheiro a queimado ainda é intenso e cola-se às máscaras e às roupas. Junto ao portão está a maioria dos 14 funcionários que ali trabalhavam. Luciana dos Santos acabou de chegar do posto da Guarda Nacional Republicana onde foi dar baixa dos documentos de identificação. “O fogo alastrou tão rápido que nem tive tempo de ir buscar a mala antes de sair”, relata a O MIRANTE.
Na mala guardava também a chave do carro que, por sorte, tinha deixado estacionado fora do parque da empresa. “Estamos aqui a fazer o luto possível, depois de vermos as nossas vidas a serem reduzidas em chamas”, explica a funcionária. Esperavam também uma palavra de João Paulo Oliveira, o proprietário, que andava atarefado a acompanhar elementos da Protecção Civil e da Aquanena entre os escombros das instalações inauguradas em 2012.
Embora não tivesse ainda sido elencado todo o recheio, João Paulo Oliveira afiança que o prejuízo deve rondar um milhão de euros, “tendo em conta o que tínhamos em stock, os equipamentos e o valor do próprio pavilhão”. O seguro cobre até 800 mil euros, mas sabendo, à partida, que será um processo moroso, o proprietário vai arregaçar mangas e conta estar a trabalhar em menos de uma semana. É o tempo necessário para equipar o espaço que lhe foi cedido temporariamente em Alcanena.
Havia algumas máquinas encomendadas que ainda não tinham chegado e uma enchedora que estava a ser reparada e, por isso, salvou-se do incêndio. É com essa maquinaria e com alguns equipamentos emprestados que conta voltar a ter os funcionários a laborar. Se há ou não trabalho para todos, vai depender do número de encomendas que a empresa receba entretanto. Em carteira estavam projectos integrados no quadro comunitário de apoio Portugal 2020, um deles já fechado, mas que face ao sucedido é agora uma incógnita.
O incêndio terá tido origem numa ignição acidental junto a uma barrica, pelas 17h40. A empresa accionou de imediato os mecanismos de emergência existentes na unidade, sem, contudo, conseguir controlar as chamas, dada a sua rápida propagação. Combateram o fogo 76 bombeiros apoiados por 26 viaturas. Não houve registo de qualquer vítima.

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