Silvino Sequeira é talvez o último dinossauro do Partido Socialista no distrito de Santarém. Depois de ter feito carreira política na Câmara de Rio Maior, onde deixou obra, fazendo de Rio Maior a cidade do desporto, ocupou o cargo de deputado e mais tarde o de Governador Civil. A sua história política não cabe nas páginas deste jornal; mas um resumo talvez. Eis o que Silvino Sequeira fez quando resolveu deixar a Câmara de Rio Maior e experimentar voos mais altos na política, até o PS perder, para o PSD, a presidência da Câmara de Rio Maior. Até hoje.
Em Outubro de 2007 o presidente da Câmara Municipal de Rio Maior, Silvino Sequeira, suspendeu o mandato tendo nessa altura assumido funções como gestor no Programa Operacional do Alentejo (POA), para o qual foi nomeado em despacho publicado em Diário da República. O vice-presidente Carlos Nazaré assumiu a presidência do município. Recorde-se que Silvino Sequeira foi eleito pela primeira vez para a presidência da Câmara Municipal de Rio Maior em 1985, tendo suspendido o mandato no final de 1996 por um período de 11 meses, durante os quais foi Governador Civil do distrito de Santarém. Silvino Sequeira disse na altura à Lusa que optou pela suspensão e não pela renúncia porque esta seria “extremamente dolorosa” e por entender que não tinha sentido fazê-lo a meio de um mandato para o qual foi eleito. Silvino Sequeira foi trabalhar para o Alentejo, para gerir o POA, que na altura era responsável pela aprovação das candidaturas aos fundos comunitários de 58 municípios. Silvino Sequeira assumiu na altura que acreditava que a sua experiência enquanto autarca lhe dava conhecimentos práticos importantes para a nova tarefa. Foram muitos anos a viajar de Rio Maior para o Alentejo umas vezes de carro outra vezes pela internet já que o trabalho nunca lhe pesou. A descentralização ficou-lhe a dever muitos anos de trabalho e de luta junto dos poderes do Terreiro do Paço.