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As curiosidades e incoerências do cerco sanitário à grande Lisboa

A proibição de entrada e saída da Área Metropolitana de Lisboa durante os fins-de-semana, imposta pelo Governo para tentar controlar a propagação de nova vaga pandémica nesse território, é uma daquelas medidas compreensíveis mas cujos efeitos práticos são muito duvidosos. Não só porque estão consagradas (e bem) várias excepções, como é impossível fiscalizar a cem por cento as ‘fronteiras’ de um território composto por 18 concelhos.

Além disso, como diz o povo, há mil e uma maneira de matar pulgas e se não se pode sair depois das três da tarde de sexta-feira, há já quem antecipe o fim de semana de modo a não infringir a ordem. E serão milhares semanalmente, com certeza.

Outra curiosidade prende-se com a circulação pendular de transportes públicos, designadamente rodoviários e ferroviários. Pelo que se vai vendo e ouvindo, quem quiser viajar de e para a capital nesse período de restrições pode continuar a fazê-lo. Ou seja, se me apetecer ir do Entroncamento a Lisboa ao fim-de-semana dar uma volta, desembarco em Santa Apolónia ou no Oriente sem grandes problemas. Pelo menos é o que se vai vendo nas reportagens televisivas.

Entendo que é preciso dar sinais à população e estas medidas têm essa finalidade, mas também, provavelmente, a de alijar eventuais problemas de consciência a governantes e autoridades de saúde caso a situação se complique. Todas estas aparentes incoerências e partes gagas deixam muitas interrogações no ar e uma sensação de que é tudo fogo de vista. Ou será só impressão minha?
José C. Reis

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