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A moda do sushi veio para ficar
Pedro Ventura, proprietário do restaurante Dom Gula, em Torres Novas, começou a confeccionar sushi durante o primeiro confinamento e tornou-se um sucesso

A moda do sushi veio para ficar

Pedro Ventura, proprietário do restaurante Dom Gula, em Torres Novas, aprendeu a confeccionar sushi durante o primeiro confinamento e rapidamente teve sucesso junto dos clientes.

Com a reabertura dos restaurantes, o empresário deixou de fazer essa especialidade japonesa mas os pedidos para retomar são muitos.

Pedro Ventura tinha mudado o seu restaurante da Zibreira para o centro de Torres Novas há cerca de duas semanas quando começou o primeiro confinamento devido à pandemia de Covid-19, em Março de 2020. O empresário, de 29 anos, começou a pensar numa alternativa ao encerramento do seu restaurante, Dom Gula, para continuar a ter clientes. Já tinha pensado em inserir sushi na ementa um dia por semana, confeccionado por uma amiga, mas esta, devido ao agravamento da pandemia, optou por não se deslocar à cidade e sugeriu dar-lhe formação.

Como está sempre disponível para aprender coisas novas e não vira a cara a um desafio foi assim que Pedro Ventura entrou no mundo do sushi, especialidade originária do Japão que tem como principais ingredientes peixe cru e arroz. Teve formação intensiva e começou a cozinhar para fora. Inicialmente, entregava a comida em casa dos clientes mas a ideia do sushi correu tão bem que deixou de conseguir fazer as entregas e começou a servir em take-away. Foi um sucesso que se repetiu no segundo confinamento, sobretudo aos fins-de-semana.

Com a reabertura dos restaurantes o empresário deixou de fazer sushi mas os pedidos para retomar são muitos. Há clientes que vão ao Dom Gula com a intenção de comer uma refeição de sushi e têm que optar por outro prato. “Neste momento não consigo colocar mais funcionários e como estou na sala a atender clientes não consigo estar na cozinha”, explica Pedro Ventura. No entanto, a sua vontade é criar condições para voltar a servir sushi e até ter um restaurante onde se sirva apenas essa especialidade, que até tem direito a um Dia Mundial do Sushi, celebrado a 18 de Junho.

Pedro Ventura comprava peixe fresco a uma pessoa conhecida e em quem confiava. O chef consegue perceber se o peixe é bom ao cortá-lo e observando a guelra. Diz que quem pensa que cortar o peixe é fácil é porque nunca experimentou sobretudo tirar a parte da espinha, que exige muito cuidado. O objectivo é desperdiçar o mínimo de peixe possível.

A forma de evitar bactérias por se estar a comer peixe cru é tirar as escamas. Além disso, nunca trabalhou com a pele. Retira-a toda e só a utiliza para fritar. “O segredo de um bom sushi, e que não faz mal, é tirar as escamas e lavar bem o peixe. Depois é fundamental dominar a técnica. Não é qualquer pessoa que confecciona um sushi bem feito. É preciso saber”, sublinha. Pedro Ventura está sempre a aprender e é frequente ler o livro de receitas de sushi onde, diz, se aprende muito.

Primeiro estranha-se depois entranha-se

De início o empresário não era muito adepto deste tipo de comida mas quando os clientes começaram a dizer-lhe que nunca comeram sushi tão bom começou a experimentar e agora também é fã. Quando confeccionava sushi trabalhava cerca de 12 horas por dia. Trabalhava até às duas da manhã para deixar as preparações feitas e só conseguia ter tudo pronto às 19h00 do outro dia para as pessoas começarem a ir buscar as encomendas. “Dá muito trabalho preparar o sushi até chegar ao prato do cliente e eu fazia tudo sozinho”, recorda.

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