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Protecção e valorização de nove bairros operários em VFX
Está a ser estudada a classificação de interesse municipal de bairros como o das OGMA no centro de Alverca

Protecção e valorização de nove bairros operários em VFX

Em causa bairros construídos em várias freguesias do concelho de Vila Franca de Xira nas décadas de 50 e 60 do século passado próximas das grandes fábricas e que podem vir a ser classificados.

O município de Vila Franca de Xira, ao abrigo da nova revisão do Plano Director Municipal (PDM), vai estudar a possibilidade de abrir procedimentos visando a classificação de conjuntos de interesse municipal a nove bairros fabris históricos do concelho.

O objectivo é proteger estes bairros e a sua arquitectura mas ao mesmo tempo promover a sua valorização e história, bem como a importância que têm na comunidade. Vai ser estudada a classificação do bairro operário da Empresa Nacional de Penteação de Lãs, no Sobralinho, construído em duas fases, em 1920 e 1960. Ali perto, em Alhandra, está abrangido o conjunto edificado composto pela Casa de Recreio do Pessoal da Fábrica Cimento Tejo, vivendas dos quadros técnicos e o antigo bairro fabril da Companhia Cimento Tejo, construído em 1936/37, hoje também conhecido como bairro da Cimpor.

Seguem-se os bairros da Radiodifusão Portuguesa, na Castanheira do Ribatejo, edificado em 1943; o bairro da Fiação Nacional de Lãs em Vila Franca de Xira, construído em 1948; e o bairro das OGMA, situado no centro de Alverca do Ribatejo, erguido em 1949. A sul estão contemplados os blocos de habitação colectiva dos operários e empregados da Soda Póvoa, na Póvoa de Santa Iria, construído em 1953, e o bairro da Soda Póvoa, no Forte da Casa, nascido em 1963 e 1964. Por último, estão incluídos também os bairros da vidreira e da companhia industrial portuguesa da Póvoa de Santa Iria.

A proposta de abertura de procedimentos visando classificar estes bairros partiu do vereador do Bloco de Esquerda, Carlos Patrão, que considerou que o concelho tem um importante património industrial que tem sido “paulatina e sucessivamente destruído” sem qualquer preservação da sua memória colectiva, restando sobretudo os bairros habitacionais. O autarca considera que sem um estatuto de protecção, como o de imóveis de interesse municipal, muitos bairros estão vulneráveis a “pretensões urbanísticas” que possam implicar a sua demolição.

A proposta foi elogiada pelo presidente do município, Alberto Mesquita, que destacou o trabalho de “grande fôlego e profundidade” realizada pelo Bloco de Esquerda, notando que a classificação pura e dura de todos os bairros poderá colidir com a recente revisão do PDM. Por esse motivo, afirma o autarca socialista, o documento vai agora obrigatoriamente constar da revisão do PDM para ser avaliado pelos serviços. “Alguns bairros poderão vir a ser classificados e outros não. É algo que vamos ter de ver e os serviços terão de analisar. Estamos disponíveis para que a recomendação seja apreciada”, explica o autarca.

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