Temos vindo a assistir nos últimos meses (anos?) a um fenómeno interessante e que é também revelador do estado em que se encontra a economia nacional e global. As empresas de construção não têm mãos a medir com tanto trabalho, nomeadamente para dar vazão a tanta obra pública das autarquias neste final do quadro comunitário Portugal 2020. E as razões são várias: desde falta de matéria-prima a escassez de mão de obra, a que se somam ainda orçamentos desajustados que tornam os concursos pouco apetecíveis. Depois de anos de anos de carestia e pouco investimento, o cenário mudou (e ainda aí vem o PRR), resta esperar que a capacidade de resposta esteja à altura.

Ernesto Folgosinho