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Moradores desesperam com funcionamento do centro de saúde de Vila Franca de Xira
Helena Nogueira é uma das moradoras da cidade que pediu soluções rápidas para o que está a acontecer no centro de saúde de Vila Franca de Xira (foto DR)

Moradores desesperam com funcionamento do centro de saúde de Vila Franca de Xira

Um segurança é acusado de ter empurrado violentamente uma utente e na última assembleia municipal um grupo de cidadãos pediu soluções urgentes para o que se está a passar no centro de saúde da cidade. Presidente da câmara está indignado e já escreveu à ministra da Saúde.

Situações muito graves: é desta forma que um grupo de cidadãos, utentes da Unidade de Saúde Familiar (USF) Terras de Cira de Vila Franca de Xira, classifica o que está a acontecer naquela unidade de saúde.

Na última semana um utente idoso terá sido empurrado violentamente pelo segurança da USF quando tentava entrar no edifício para pedir uma receita para uma doença crónica, isto depois de não conseguir e de se ter gerado uma altercação no local com outros utentes que também ali aguardavam.

“É muito grave um segurança ter tratado mal as pessoas e até atirar a receita que ele trazia para o chão. As pessoas não estão a ter acesso à medicação nem às receitas para as suas doenças crónicas”, lamenta Helena Nogueira, que na última semana acompanhou um grupo de cidadãos à assembleia municipal para, junto dos deputados municipais, clamar por soluções urgentes que melhorem o funcionamento da unidade. Por mais que questionem o centro de saúde, dizem, nunca obtêm respostas.

“Queremos mostrar o descontentamento geral da população pelos problemas do centro de saúde que já toda a gente conhece. Não temos acesso ao centro para consultas nem marcações. Se temos ali oito médicos, como eles dizem, onde estão para nem nos atenderem os telefones nem responderem aos nossos e-mails? Estamos a viver ali situações muito graves”, lamentou a moradora.

Presidente triste e revoltado

O presidente da Câmara de Vila Franca de Xira, Alberto Mesquita, diz precisar de se conter nas palavras para não dizer o que realmente lhe vai na alma. “Construímos um bom edifício para os utentes terem maior qualidade e nunca nos passou pela cabeça que houvessem estes problemas e houvesse quem tivesse este tipo de atitudes”, lamenta.

O autarca confirma a realidade descrita pelos utentes e confessa-se “muito triste” pela forma como a USF está a ser gerida. “Estamos numa situação complicadíssima de pandemia mas o que se exige a quem tem responsabilidades na área da saúde é que tenha a capacidade de estar mais presente que o habitual e que sejam mais humanos e não se escudem na falta de pessoal”, acusa.

O autarca afirma que os médicos e o restante pessoal da unidade de saúde estão a dar o seu melhor mas deixa palavras de culpa a quem dirige o centro. “Não consigo entender como é que uma USF se julga autónoma para julgar que não tem de cumprir determinados requisitos. E um desses requisitos é tratar bem os utentes que lá precisam de ir”, critica.

O presidente de Vila Franca de Xira já fez chegar a sua tristeza, preocupação e descontentamento com o que está a acontecer num ofício enviado à ministra da Saúde, à liderança da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo e à própria líder do Agrupamento de Centros de Saúde porque, diz, o que está a acontecer não tem sentido absolutamente nenhum.

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