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Vitória do PSD em Santarém soube a pouco
Ricardo Gonçalves perdeu a maioria absoluta mas continuou a ser o mais votado

Vitória do PSD em Santarém soube a pouco

Social-democratas perderam a maioria absoluta, a União de Freguesias da Cidade e mais três freguesias. Ricardo Gonçalves desdramatiza a maioria relativa, lembra que já governou a câmara nessas condições e revelou que vai propor pelouros à oposição, mediante condições.

O ambiente estava longe de ser de euforia junto à sede de campanha do PSD, em Santarém, na noite de domingo. Algumas dezenas de apoiantes esperaram no Largo do Seminário até cerca das 00h15 pelo discurso do presidente reeleito, Ricardo Gonçalves, que agradeceu a todos os escalabitanos que participaram no acto eleitoral e cumprimentou os adversários.

Apesar dos gritos de “Vitória! Vitória!” que se ouviram todos tinham consciência que o triunfo soube a pouco: o PSD perdeu a maioria absoluta na câmara, perdeu a União de Freguesias da Cidade por (19 votos) e ainda Almoster, Alcanhões e Abrã para o PS e viu os socialistas serem a força política mais votada para a assembleia municipal. Em contraponto, o PSD conquistou Abitureiras ao PS e em Pernes houve um empate que abre a hipótese de vencerem nesse reduto socialista.

Ricardo Gonçalves parecia ser dos menos sisudos com os resultados eleitorais e sublinhou a O MIRANTE que o eleitorado expressou de forma clara a sua vontade de querer o PSD a continuar a governar a câmara – o PSD teve 10.069 votos e o PS 8.950 -, reconhecendo que foi uma noite com emoção quase até ao fim e em que os principais partidos perderam votos. Desdramatizou o facto de ir governar sem maioria absoluta, recordando que, de 2013 a 2017, geriu o município nessas condições e disse que vai procurar entendimentos e, mais uma vez, oferecer pelouros à oposição, mediante determinadas condições.

A Câmara Municipal de Santarém passa a ser constituída por 4 eleitos do PSD (Ricardo Gonçalves – presidente, João Leite, Inês Barroso e Diogo Gomes); 4 eleitos do PS (Manuel Afonso, Salomé Rafael, Nuno Russo e Nuno Domingos); e 1 eleito do Chega (Pedro Frazão).

O PS teve razões para festejar parcialmente atendendo aos resultados globais, ao contrário das outras forças de esquerda. A CDU esteve perto de voltar ao executivo ficando a pouca distância do Chega, mas o Bloco de Esquerda voltou a ficar longe desse objectivo, embora tenha mantido o seu representante na assembleia municipal, tal como a CDU (2) e o CDS (1). O Chega elegeu dois autarcas para a assembleia municipal nesta sua estreia em autárquicas.

No mapa das freguesias os vencedores foram os seguintes: Abitureiras (PSD); Abrã (PS); Achete, Azoia de Baixo e Póvoa de Santarém (IND); Alcanede (PSD); Alcanhões (PS); Almoster (PS); Amiais de Baixo (PS); Arneiro das Milhariças (PSD); Azoia de Cima e Tremês (IND); Casével e Vaqueiros (PSD); Gançaria (PSD); Moçarria (PS); Pernes (empate); Póvoa da Isenta (PSD); Romeira e Várzea (PS); São Vicente do Paul e Vale de Figueira (IND); União de Freguesias da Cidade de Santarém (PS); Vale de Santarém (PS)..

À margem

Não há duas sem três

O social-democrata Ricardo Gonçalves conseguiu no domingo, 26 de Setembro, ser eleito pela terceira vez consecutiva presidente da Câmara de Santarém. Curiosamente, o autarca derrotou, um a um, três candidatos do PS que estiveram na gestão da autarquia da última vez que os socialistas foram poder em Santarém (2002-2005): Idália Serrão, Rui Barreiro e Manuel Afonso. Já diz o povo que não há duas sem três e, assim, nenhum se ficou a rir....

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