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Lutas e danças animam fim-de-semana templário no Castelo de Tomar
Thomar Honoris dedica-se ao estudo das artes medievais e é a principal impulsionadora dos "Dias Templários

Lutas e danças animam fim-de-semana templário no Castelo de Tomar

Castelo e algumas ruas da cidade foram palco da iniciativa “Dias Templários”, que recua alguns séculos para retratar como se vivia no tempo dos cavaleiros templários. Centenas de pessoas assistiram a danças, lutas e acampamentos medievais num ambiente de alegria e boa-disposição.

Na porta de entrada do Castelo de Tomar um ferreiro medieval vestido a rigor exemplifica como se trabalhava o ferro no tempo dos cavaleiros templários. Dezenas de pessoas assistem à demonstração ao ritmo da música de um tambor de mão que produz um som harmonioso. O cenário dá as boas-vindas aos visitantes que, mais à frente, percebem que também são protagonistas dos “Dias Templários”, um evento que retrata os costumes da época medieval.

“O projecto dá a conhecer o nosso património às pessoas; realizamos actividades dentro dos próprios monumentos templários com o objectivo de demonstrar como se comia, vestia, as armas e armaduras que se utilizavam e as canções que se cantavam”, explica a O MIRANTE Filipe Pires, presidente da associação Thomar Honoris, organizadora do evento, em conjunto com a Ordem dos Pobres Cavaleiros do Templo de Jerusalém e Associação de Turismo Militar Português. A iniciativa marca o encerramento de um roteiro medieval que também passou pelas localidades de Santarém, Alvaiázere e Soure.

Mais de 80 figurantes recriaram, no fim-de-semana de 9 e 10 de Outubro, acampamentos militares e civis, lutas de espada e esgrima, tiros com arco e besta e demonstrações de danças e música históricas. Como o incomum aguça a curiosidade os mais novos deliciaram-se com a exposição de alguns animais em ambiente seguro nomeadamente cobras e águias.

Os trajes, as conversas encenadas utilizando vocabulário da época e o cortejo dos homens às mulheres foram outros momentos que roubaram palmas e sorrisos a quem assistia. A organização também se preocupou em dar um cariz pedagógico à iniciativa promovendo vários debates e convívios que contaram com a presença de investigadores e historiadores sobre a época dos templários.

Filipe Pires explica que o projecto existe a pensar nas pessoas. Desde o centro da cidade até ao Castelo de Tomar, numa distância de cerca de um quilómetro a subir, os figurantes vão interagindo com as pessoas envolvendo-as num vasto conjunto de actividades. O presidente revela que no próximo ano as entidades vão trabalhar para levar os costumes medievais às escolas e museus de outras cidades de maneira a “implementar um roteiro templário por todo o país”.

Uma associação jovem que existe para avivar memórias

A Thomar Honoris é uma associação com sede em Tomar que se dedica ao estudo e prática das artes medievais. Fundada em 2014 nasce do dinamismo de 12 pessoas, praticantes de esgrima histórica, que, após a Festa Templária, decidiram criar a associação para valorizar o concelho.

O primeiro departamento inaugurado foi a Academia de Armas seguindo-se a Academia de Arco Histórico. A última a surgir foi a Escola de Música Histórica Thomar inserida na Academia de Artes Históricas Thomar. “Somos uma associação empenhada em gerar valor social e de componente educativa com uma estrutura activa de responsabilidade social em toda a sua actividade. Não é uma tarefa fácil dinamizar gente para o associativismo, dá muito trabalho, mas cada vez temos mais jovens interessados por conhecer os caminhos que fizeram a nossa história”, sublinha Filipe Pires.

Lutas e danças animam fim-de-semana templário no Castelo de Tomar

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