A Escola Superior de Tecnologia de Abrantes (ESTA), que integra o Instituto Politécnico de Tomar (IPT) comemorou, no dia 6 de Outubro, 22 anos de vida. Foi em 1999 que foram leccionadas as primeiras aulas dos cursos de bacharelato em Engenharia Mecânica e Comunicação Social, no edifício do antigo Tribunal de Abrantes.

Ao longo de mais de duas décadas a ESTA tem implementado uma política com uma forte base científica e tecnológica orientada para o desenvolvimento e estímulo do espírito crítico e inovador nos seus alunos. Um dos objectivos declarados é colaborar com o tecido empresarial da região no recrutamento dos seus maiores talentos.

Com instalações no centro de Abrantes e com laboratórios no Tecnopólo, em Alferrarede, a ESTA conta com quatro cursos de licenciatura em Comunicação Social, Cinema Documental, Engenharia Mecânica e Informática e Tecnologias Multimédia; seis cursos de técnico superior profissional com candidaturas abertas, nomeadamente em Animação e Modelação 3D e Jogos, Informática, Manutenção de Sistemas Mecatrónicos, Realização e Produção Televisiva, Som e Imagem e Web e Dispositivos Móveis. Tem ainda um mestrado em Engenharia Mecânica - Projecto e Produção Mecânica e pós-graduações em diversas áreas. Conta com cerca de 400 alunos matriculados.

NOVAS INSTALAÇÕES NOS PRÓXIMOS DOIS ANOS

A promessa de investimento em novas instalações, financiadas por fundos comunitários, dura há mais de uma década mas, perante o arrastar do processo, a Câmara de Abrantes e o Politécnico de Tomar arrepiaram caminho e anunciaram as novas instalações, mesmo sem a certeza de receberem o apoio europeu.

Em Abril de 2021 foi anunciada a construção de uma nova escola com um prazo de execução previsto de 720 dias. Mas até à data o projecto não saiu do papel. A empreitada prevê a reconversão de parte do edifício E9 integrado no Parque de Ciência de Tecnologia de Abrantes – Tagusvalley. A nova escola vai ter uma área de cerca de três mil metros quadrados. Manuel Valamatos, presidente da câmara, afirmou que há 10 anos que existe a expectativa desta mudança e que ela vai acontecer independentemente do apoio de fundos comunitários. O autarca referiu que a obra vai ter um custo de cerca de quatro milhões de euros.

João Coroado, presidente do IPT, acrescentou que a mudança representa um “salto” que a instituição está a dar na cooperação com as empresas da região. “Queremos reter os estudantes que vivem no Ribatejo, mas também trabalhamos muito para captar novos talentos de outras zonas do país”, explicou a O MIRANTE.