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Escola de Desporto de Rio Maior à beira da rotura por falta de professores
Luís Cid expôs lacunas da Escola Superior de Desporto durante a sessão de abertura do novo ano lectivo (foto ESDRM)

Escola de Desporto de Rio Maior à beira da rotura por falta de professores

Instituição está a enfrentar as dores do crescimento registado nos últimos anos. Director pede o reforço do quadro docente e diz que a actual situação é insustentável.

O sucesso da Escola Superior de Desporto de Rio Maior (ESDRM), que se reflecte na crescente procura dos seus cursos pelos estudantes, está a expor algumas debilidades da instituição, nomeadamente a falta de professores de carreira, que põe em causa o desenvolvimento do projecto educativo. A falta de uma residência para estudantes é outra lacuna cada vez mais pertinente (ver caixa).

Essas preocupações foram evidenciadas pelo director da escola durante a sessão solene de abertura do ano lectivo, realizada a 29 de Setembro no auditório da instituição. Luís Cid referiu que o sucesso na captação de alunos - com a ESDRM a preencher todas as vagas das suas licenciaturas na primeira fase de acesso ao ensino superior - veio colocar mais pressão sobre os desafios que a escola já enfrentava.

Luís Cid não esteve com paninhos quentes no discurso e referiu mesmo que a falta de professores “ameaça a continuidade do projecto que é a ESDRM”, constituindo o maior desafio na actualidade. “Não é possível, que uma escola que vai chegar em breve aos 1100 alunos tenha apenas 39 docentes de carreira, 5 dos quais sem distribuição de serviço docente”, vincou.

E o director garante que não está a dramatizar: “Não é nenhum exercício de retórica, é uma evidência: o nosso projecto educativo está em risco de colapsar. Se nada for feito não conseguiremos aguentar mais o barco. Temos o maior rácio de alunos por docente de carreira de todas as escolas do Politécnico (cerca de 30 alunos/professor, quando deveria ser um pouco mais do que metade)”.

Luís Cid lamentou ter vagas que não pode colocar a concurso porque não tem docentes, já que o crescimento do número de alunos não foi acompanhado pelo crescimento do número de docentes. E reforçou deixando um alerta à tutela: “Caso este cenário se mantenha não teremos outra alternativa senão o de reduzir as nossas vagas para metade”.

A falta de professores no quadro obriga a ESDRM a recorrer anualmente a uma elevada contratação externa - cerca de 20 professores - o que para o director constitui “uma tremenda exposição ao risco”, que cria enormes dificuldades de preparação dos anos lectivos e de sustentação de todas as tarefas.

Presidente do IPSantarém diz que não há dinheiro

Contactado por O MIRANTE, o presidente do Instituto Politécnico de Santarém (IPSantarém), João Moutão, que é também professor do quadro da ESDRM, diz que comunga das preocupações de Luís Cid. Destaca que “as receitas que o IPSantarém gera não são suficientes para aumentar e replicar os recursos humanos escola a escola e haverá sempre insatisfação, por mais esforço que se faça”.

Para João Moutão a única solução é a de “implementar um modelo de maior partilha dos recursos humanos existentes no instituto pelas várias escolas originando uma maior eficiência”. Diz que é isso que outras instituições têm feito e que irá “propor internamente nos locais próprios”.

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