Falhou a primeira tentativa para formar o novo executivo da Junta de Freguesia de Arrouquelas, no concelho de Rio Maior. O presidente eleito pelo Partido Socialista, Mário Pião, que tem maioria relativa na assembleia de freguesia, tentou formar executivo só com elementos da sua lista. A proposta foi chumbada no dia da tomada de posse, no sábado, 9 de Outubro. Os três eleitos do movimento Arrouquelas Sim e o eleito do PSD votaram contra a lista apresentada pelo PS, que conta com três eleitos na assembleia.

Na sequência deste impasse tem havido reuniões entre as diferentes forças políticas estando marcada para sexta-feira, 15 de Outubro, nova reunião para tentarem chegar a acordo. Mário Pião explicou a O MIRANTE que durante a campanha eleitoral já tinha afirmado que, caso vencesse as eleições, gostaria de trabalhar com pessoas da sua equipa; e que se perdesse aceitava a mesma decisão. “Apresentei a minha proposta para perceber se os restantes eleitos aceitavam. A lista que apresentei foi chumbada e agora estamos a tentar chegar a acordo”, referiu.

O autarca não pretende forçar novo acto eleitoral uma vez que, considera, será prejudicial para a população da freguesia. O movimento Arrouquelas Sim emitiu um comunicado onde explica que Mário Pião convidou o líder do movimento, Alexandre Jacinto, para uma conversa, onde lhe foi explicado que não abdicava que o executivo da junta fosse exclusivamente socialista.

O movimento Arrouquelas Sim acusa Mário Pião de inabilidade e falta de tacto político para gerir este processo. “Tratou-se de um comportamento indigno de um eleito presidente de junta sobretudo quando se trata de uma pessoa que já exerce funções autárquicas há vários anos”, consideram.

Também a coligação Juntos Pelo Futuro (PSD/CDS) crítica a postura do PS de Arrouquelas e afirma, em comunicado, que não se revê neste tipo de comportamentos. “Não compreendemos que alguém que durante toda a campanha afirmou que ‘o que nos une é Arrouquelas’, mesmo não tendo obtido uma maioria por parte dos eleitores, se demonstre completamente intransigente na constituição dos órgãos da freguesia, afastando qualquer possibilidade de entendimento, desrespeitando, na nossa opinião, a vontade dos arrouquelenses manifestada nas urnas”, conclui a coligação.