São urgentes soluções para contrariar redução de caudais no Tejo
PSD quer ouvir ministro do Ambiente no Parlamento sobre gestão da bacia hidrográfica do rio e defende medidas ao nível das infra-estruturas que revertam o actual panorama.
O PSD quer ouvir no Parlamento o ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, sobre a gestão da bacia hidrográfica do rio Tejo, considerando “fundamental adoptar novas soluções que permitam lidar com a tendência de redução dos caudais”.
Além do ministro do Ambiente e da Acção Climática, os social-democratas pretendem ouvir o presidente da Agência Portuguesa do Ambiente, Nuno Lacasta, o bastonário da Ordem dos Engenheiros, Carlos Aires, especialistas em recursos hídricos, a Associação de Agricultores do Ribatejo e o movimento ProTejo.
O PSD entregou um requerimento em que pede que estas audições decorram nas Comissões de Ambiente, Energia e Ordenamento do Território e Agricultura e Mar. “É fundamental repensar a gestão da bacia hidrográfica do rio Tejo e adoptar novas soluções que permitam lidar com a tendência de redução dos caudais provenientes de Espanha, num contexto de agravamento associado às alterações climáticas e ao crescimento das pressões antropogénicas de ambos os lados da fronteira”, justificam os social-democratas.
O partido considera que “há duas dimensões estratégicas que merecem especial reflexão”, nomeadamente a “infra-estrutural”, com “novas soluções hidráulicas para a gestão da bacia do Tejo”, e a “organizacional”, que se prende com a “necessidade de reforçar a gestão dos recursos hídricos”.
No que concerne à dimensão infra-estrutural o PSD aponta para o “reforço dos caudais a partir do rio Zêzere e da barragem do Cabril ou a construção de uma nova barragem no rio Ocreza (afluente do Tejo)”.
Já no que diz respeito à dimensão “organizacional” o partido defende a necessidade de se ter em conta os “fins múltiplos dos recursos hídricos potenciando actividades como a agricultura, o turismo ou a produção de energia renovável.