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É preciso olhar para os idosos confinados nas instituições

Com este texto tenho esperança que possa surgir uma decisão da parte das autoridades competentes, nomeadamente do Ministério da Saúde e respectiva Direcção Geral de Saúde. Refiro-me ao desconfinamento dos idosos que se encontram em instituições sociais e cuja situação se mantém inalterada. Aqueles que por motivos de necessidade estão internados, quer porque a família mora longe e não pode tê-los ao seu cuidado, quer porque ficaram infelizmente sozinhos por motivos vários mas têm mobilidade total e ainda mantêm todas as suas capacidades cognitivas, continuam confinados sem poderem sair das instituições.

Naturalmente que esta “retenção obrigatória” está a causar imensos problemas tanto aos utentes como aos seus familiares directos. No meu caso, dou-vos o exemplo do meu pai. Poderia sair para dar os seus passeios pela cidade pois tem perfeita saúde, tanto física como mental, mas continua “prisioneiro” de uma decisão burocrática, injusta e algo perniciosa da parte de quem só vê a floresta mas não a árvore.

Metáforas à parte, terá que haver da parte dos dirigentes políticos e técnicos do Serviço Nacional de Saúde uma decisão relativamente a estes casos, que são bastantes e estão espalhados pelo país inteiro, no sentido de evitar que estas pessoas tenham uma qualidade de vida medíocre. A qualidade de vida destes idosos depende não só da sua saúde física como da qualidade da sua saúde mental. O isolamento forçado pode fazer emergir situações de desespero que deveríamos evitar. Os idosos deram muito ao país e merecem ser tratados com atenção e dignidade. Uma sociedade que não ampara os idosos será sempre uma sociedade vazia e sem humanidade. Este país tem que ser integrante e cuidador.

José Gama

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