
João Heitor quer resolver problemas pendentes no Cartaxo
Contencioso com a Cartagua e negociação da TOS com a Tagusgás são alguns dos processos que o novo presidente do município quer decidir em breve.
O contencioso do município com a Cartagua; a negociação da aplicação da Taxa de Ocupação do Solo (TOS) com a Tagusgás; a orientação sobre a participação societária do município na Área de Localização Empresarial do Falcão; a exploração do estacionamento na cidade e no parque subterrâneo; e a promessa do Governo da construção de um novo centro de saúde na cidade. Estes são alguns dos processos em que o novo presidente da Câmara do Cartaxo, João Heitor (PSD), e a sua equipa pretende ver desenvolvimentos, com vista à sua resolução, a curto prazo.
A garantia foi dada por João Heitor, que tomou posse na segunda-feira, 18 de Outubro, no Centro Cultural do Cartaxo. O espaço encheu para a tomada de posse que contou com a presença de antigos autarcas entre os quais Paulo Caldas, Francisco Pereira e Paulo Varanda, além do presidente cessante, Pedro Ribeiro, que apesar de ter renunciado ao cargo de vereador esteve presente na sessão.
João Heitor recordou a dívida do município de cerca de 52 milhões de euros que, afirma, não tem correspondência na qualidade de vida, “nem com a prestação de serviços à comunidade, que possa corresponder a essa envergadura”.
O novo presidente recordou que com a chegada dos fundos comunitários, na década de 90 do século passado, o município teve um fulgor inicial que acabou por não se materializar na qualidade de vida de todos os cidadãos.
Apelo à tolerância do FAM
João Heitor diz que o seu primeiro mandato enquanto presidente da Câmara do Cartaxo vai ser muito desafiante e estimulante e que a sua equipa não vai desperdiçar energia em acertos de contas políticas com o passado. Ressalvou ainda que este mandato não dependerá “exclusivamente” da competência e boa vontade da sua equipa. O resultado do trabalho do novo executivo municipal também vai depender de outros intervenientes como o Fundo de Apoio Municipal (FAM) e também o Governo português.
“Peço, por favor, às autoridades que são responsáveis pelo resgate da nossa dívida que não sejam inflexíveis, intolerantes ou incompreensíveis. A sua incompreensão significaria, a prazo, não entender que a liberdade do povo do Cartaxo está em causa”, alertou.
João Heitor continuou referindo que os cartaxeiros estão ‘afogados’ em impostos de responsabilidade nacional e impostos municipais que o FAM impõe. O novo presidente considera “imperioso” que o FAM possa aceitar negociar e flexibilizar as condições da recuperação do município enquanto comunidade responsável e comprometida com as suas dívidas do passado.
