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“A pandemia trouxe o cliente que quer sair da confusão da grande cidade”
Eduardo Sérgio é proprietário da Cartaxo Imóvel e comprou o franchising da imobiliária Era para os concelhos de Azambuja e Cartaxo

“A pandemia trouxe o cliente que quer sair da confusão da grande cidade”

Eduardo Sérgio é sócio-gerente, em conjunto com a esposa, da empresa Cartaxo Imóvel, tendo comprado o franchising da imobiliária Era para os concelhos de Azambuja e Cartaxo. Sempre sonhou em ter o seu próprio negócio e conseguiu-o há cerca de 15 anos. Durante a pandemia continuou a trabalhar e a fechar contratos. É apaixonado por motas e gosta de viajar. Recentemente comemorou os 25 anos de casamento e 10 de namoro num cruzeiro que passou por Itália, Croácia e Grécia.

Eduardo Sérgio começou a trabalhar aos 18 anos depois de terminar o 12º ano. Natural de Vila Chã de Ourique, concelho do Cartaxo, trabalhou em várias empresas. Iniciou a sua actividade profissional numa empresa de construções técnicas, em Alverca do Ribatejo, onde era paquete e fazia recados. Passou por uma oficina, no Cartaxo, e teve vários empregos em áreas muito diferentes. O pai, bancário, sempre lhe disse para deixar o seu currículo no banco para tentar entrar mas Eduardo Sérgio não estava muito virado para um emprego onde ganhava todos os meses o mesmo ordenado.

“O pai foi sempre um empreendedor. Além de ser bancário vendia carros e também seguros. Ensinou-me sempre que devemos lutar pelos nossos objectivos e pensar sempre mais alto. Sei que se entrasse no banco teria, provavelmente, um emprego para a vida toda mas não era isso que pretendia. Sempre pus na cabeça que tinha que trabalhar muito para ganhar muito e foi isso que fiz”, conta Eduardo Sérgio a O MIRANTE.

Depois de 13 anos a trabalhar numa empresa de materiais de construção no Cartaxo, onde chegou a director comercial, pediu a demissão. O desejo de ter um negócio por conta própria falou mais alto. No entanto, como gostava do patrão deu seis meses à empresa para que esta se pudesse organizar com a sua saída.

A sua primeira experiência no ramo imobiliário surgiu por acaso. Na altura, juntamente com dois amigos, mandaram construir uma moradia com o intuito de a vender. O dinheiro da venda foi dividido pelos três mas quem negociou o imóvel foi Eduardo Sérgio, porque quis fazê-lo. “Foi aqui que despertou o bichinho do negócio de venda e compra de imóveis e lancei-me à aventura”, explica.

Há cerca de 15 anos criou a empresa Cartaxo Imóvel Lda., que comprou o franchising da imobiliária Era e trabalha nos concelhos do Cartaxo e Azambuja. Os primeiros tempos foram de muito trabalho porque queria ser bem sucedido. A sua esposa, Isabel Sérgio, é a responsável pelo departamento processual. O empresário acredita que o segredo do sucesso é a atitude perante a vida e perante as situações que acontecem no dia-a-dia. Este é o seu lema e até agora, garante, tem dado certo.

Apesar disso, concorda que existem situações, como a pandemia ou as crises económicas que o país já atravessou, imprevisíveis e impossíveis de controlar. Nesses momentos há que saber contornar os obstáculos. “Felizmente, durante a pandemia, mesmo com a loja fechada, conseguimos fechar vários negócios e não nos podemos queixar. Temos que encontrar sempre uma solução para continuar a trabalhar e a dar certo”, sublinha.

Actualmente, já conseguiu abrandar o ritmo de trabalho e dedica-se mais à gestão da empresa e coordenação das duas directoras comerciais da imobiliária. A parte burocrática é o pior da sua profissão. Têm que trabalhar com muitas instituições que funcionam “muito lentamente”. O empresário explica que o mercado do sector imobiliário está invertido. Existem muitas pessoas a quererem comprar mas existe pouca oferta.

Poucas casas para tanta procura

“Chegámos a ter cerca de um milhar de imóveis em carteira. Agora temos pouco mais de 400. A pandemia trouxe o cliente que quer sair da grande cidade, da confusão, e percebeu que pode trabalhar em casa ou não ter que ir ao escritório em Lisboa e viver numa zona mais campestre, mais calma. O problema é que não existem muitas casas ou moradias para todos e como querem. Esse é o principal problema com que nos debatemos actualmente”, justifica, acrescentando que comprar um imóvel é sempre uma mais-valia e uma boa aposta.

O empresário explica que os preços elevados das matérias-primas para construir casas também não ajuda o sector da construção civil a avançar rapidamente como se deseja.

Nos tempos livres gosta de andar de mota em estrada e também fazer passeios todo-o-terreno. De mota já foi a Marrocos, Picos da Europa, Croácia, Itália, entre outros países. Umas vezes vai com a esposa, outras com os amigos. As filhas, de 21 e 18 anos, também são apaixonadas pelas duas rodas. A paixão por motas vem desde criança. Quando as filhas nasceram travou mais a sua paixão porque, confessa, era muito aventureiro e tornou-se mais cauteloso.

“A pandemia trouxe o cliente que quer sair da confusão da grande cidade”

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