O médico Nuno Catorze, Personalidade do Ano Excelência, destacou aqueles com quem trabalha e que na fase mais negra da pandemia contribuíram, num esforço conjunto, para dar resposta aos pedidos de outros hospitais.

O médico intensivista Nuno Catorze, director da Unidade de Cuidados Intensivos do Centro Hospitalar do Médio Tejo, no Hospital de Abrantes, recordou o esforço dos profissionais de saúde durante o período mais negro da pandemia dedicando-lhes também o prémio de Personalidade do Ano Excelência atribuído por O MIRANTE.

“Que esta homenagem seja para todos os profissionais de saúde, especialmente para os que trabalham no distrito de Santarém e no Ribatejo”, disse no seu discurso de agradecimento, lembrando que o facto de terem trabalhado em rede permitiu dar resposta às solicitações de outros hospitais no decurso da pandemia.

“Fico muito surpreendido pelo facto de um filho que não é da terra ter sido elogiado desta forma por quem vive cá”, referiu. Nuno Catorze, médico de profissão mas também por paixão, disse que tem nos profissionais de saúde com quem trabalha a sua “segunda família” e, respondendo indirectamente à ministra da Saúde, Marta Temido, garantiu que não trabalha com “falta de resiliência”.

“Tenho a sorte de ter um Sistema Nacional de Saúde (SNS) forte e que me dá toda a segurança para trabalhar no melhor sítio de todos que é o SNS distrital que é muito robusto”, afirmou, salientando que quando os recursos escassearam nos hospitais dos grandes centros ajudaram essas unidades.

Nuno Catorze, médico há quase 30 anos e intensivista há 20, começou por estudar música antes de ingressar no curso de Medicina. No gabinete do Hospital Manoel Constância, em Abrantes, onde trabalha, continua a ouvir música e a disponibilizá-la aos utentes porque acredita que os ajuda a recuperar.