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Nova polémica na escolha de candidatos do BE por Santarém às legislativas
Ana Sofia Ligeiro (na foto) foi a escolha do BE distrital, mas a mesa nacional optou por Fabíola Cardoso como cabeça de lista por Santarém. foto DR

Nova polémica na escolha de candidatos do BE por Santarém às legislativas

Direcção nacional apresentou alternativa à escolha já feita pela assembleia distrital, escolhendo o nome de Fabíola Cardoso em detrimento do de Ana Sofia Ligeiro, a escolhida pela estrutura distrital. Repetiu-se a história de 2019.

O Bloco de Esquerda dividiu-se novamente na escolha da lista por Santarém às eleições legislativas, à semelhança do que aconteceu em 2019. A assembleia distrital do BE tinha escolhido na semana passada Ana Sofia Ligeiro como cabeça-de-lista, mas na reunião da mesa nacional do partido, realizada no domingo, 28 de Novembro, foi apresentada uma versão alternativa, com Fabíola Cardoso, actual deputada, como cabeça-de-lista, que acabou por ser a mais votada.

No Facebook, Ana Sofia Ligeiro, residente em Torres Novas, desabafou com a imagem de um punho cerrado e a seguinte frase: “Pela democracia interna e pelo respeito pela decisão das bases do partido”. Ana Sofia Ligeiro é geógrafa com especialização em Estudos Ambientais e técnica superior na Câmara da Chamusca na área do ordenamento do território. Na redes sociais foram várias as mensagens de solidariedade que recebeu.

Recorde-se que já em 2019 aconteceu episódio semelhante que evidenciou as divisões existentes no Bloco de Esquerda do distrito de Santarém. Na altura, a estrutura distrital indicou o então deputado Carlos Matias como cabeça-de-lista às legislativas, mas a mesa nacional acabaria por optar por Fabíola Cardoso, que acabaria por ser eleita deputada.

No domingo, 28 de Novembro, os elementos da moção E abandonaram “em protesto” a reunião da Mesa Nacional do BE e acusaram aquele órgão de estar a realizar uma “votação anti-estatutária” das listas às eleições legislativas. Segundo informações adiantadas à agência Lusa, também os membros da moção N abandonaram a sala.

De acordo com o comunicado enviado à agência Lusa pela moção E, que na última convenção elegeu 17 dos 80 lugares da Mesa Nacional, “em causa está a apresentação de uma lista alternativa à sufragada pelas/os militantes do distrito de Santarém, numa tábua rasa à decisão do órgão competente regional”.

“As/os membros eleitas/os pela Moção E recusam participar numa proposta viciada de ilegalidade e exigiram a retirada da lista B por Santarém, versada na proposta a sufrágio na Mesa Nacional”, refere o mesmo comunicado, segundo o qual “votar numa proposta desta natureza é ser conivente com o incumprimento estatutário e é rasgar a democracia interna”.

À agência Lusa, fonte da Mesa Nacional referiu depois que “os membros eleitos pela moção E apresentaram, sob alegações estatutárias, uma proposta para que apenas fossem colocadas à votação da Mesa Nacional as propostas de candidaturas feitas pelas distritais”. Mas nos casos de Santarém e de Portalegre surgiram na Mesa Nacional propostas diferentes, vindas da Comissão Política e de um membro da Mesa Nacional, respectivamente, explicou a mesma fonte.

Face à rejeição da proposta da moção E, “os representantes das moções E e N abandonaram a reunião antes desta votação”, explica a mesma fonte que adianta ainda que as propostas de candidatos a estes círculos eleitorais foram votadas na Mesa Nacional em alternativa.

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